De novo, o Freixial. Em meados de Maio junto à vala, bem perto do Nascente, as margens
mantinham-se húmidas e a sombra das copas dos choupos e freixos reforçavam a sensação
de frescura ambiente.
Uma enorme mole vegetal alta de mais de 2,50 m oculta por momentos o traçado da vala. Não, não são silvados. Também pertencem à Família das rosaceae mas são roseiras-bravas ou roseiras-silvestres. São arbustos trepadores de longos caules. Lá estão as incontáveis corolas brancas com inúmeros estames de filetes e anteras em cor amarelo-ouro rodeando a coluna de estiletes e no cimo destes os estigmas em tons de verde-claro.
Pedúnculos longos, receptáculo de 5 sépalas ovais envolvendo o cálice e terminando em ponta. Inflorescências em que os eixos secundários partem de níveis diferentes e acabam situando-se sensivelmente à mesma altura (corimbos).
Ao longo dos caules distribuem-se folhas compostas de 4 folíolos opostos mais 1, terminal, espessos, de margens dentadas, persistentes. Cuidado com os espinhos aguçados voltados para a base.
Passa uma mulher, a única pessoa que avistei nos campos em toda a manhã. Inicia a saudação, brincando (somos amigos desde a minha infância e fomos vizinhos) com um "Biba o Freixali!" Sim, digo, no modo burguês em que me deixei aculturar: e viva também a L. e viva eu! Continua: - está uma selva. Ganhou-nos. Qualquer dia não poderemos cá entrar. - Ah, sim, digo eu. - Por certo! O Freixal não pede meças. Está cada vez mais igual a si mesmo. E passará muito bem sem nós...
Fotos de 16 de Maio de 2014.
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