domingo, 30 de setembro de 2012

ENTRANDO PELO OUTONO, AINDA AS ZÍNIAS


Este ano apostámos ainda mais nas zínias. Já não é só no jardim, como vem sendo habitual, nem com os cravos túnicos, junto dos tomateiros, para supostamente os defenderem de bichezas, mas aqui e ali por todo o quintal onde não seja difícil levar a água da rega.


As flores foram colhidas no final da tarde da última sexta-feira. Nem as bem-aparecidas chuvas destes dias as prejudicaram. O magnífico arranjo é de Malema.

sábado, 29 de setembro de 2012

CODIAEUM VARIEGATUM (CRÓTON, LOURO-VARIEGADO, FOLHA IMPERIAL)


Notáveis pelas folhas coloridas, os codiaeum são arbustos tropicais que podem ser cultivados em vaso, no interior. As cores vivas em combinações de vermelho, verde, amarelo, roxo, rosa, branco ou laranja, pedem luz forte. Este exemplar pertence à nossa querida J. e avesso ao ar condicionado, esteve um pouco anémico, talvez carente de uma boa janela soalheira. Agora, como se vê, remoçou.


De momento ainda pode conservar-se no exterior. Mas atenção que poderá não suportar temperaturas inferiores a 13º. Também gosta muito de regas cuidadas, sem encharcar. No período de repouso que se avizinha bastará evitar que a terra fique seca. Entre a primavera e o fim do outono merece um adubo líquido de duas em duas semanas. Atenção, para manipular a planta é prudente usar luvas pois é tóxica e o seu látex é irritante para a pele. Manter as crianças afastadas.

Fotos desta semana, no jardim.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

SOBREVIVENDO ENTRE CACTOS


A partir do seguro refúgio na encosta pedregosa onde nasceu e onde só medram os cactos e escassas ervas, magro quanto baste mas com aspecto saudável, faz um curto intervalo entre largas sonecas aguardando a noite para as costumadas incursões em torno das casas mais próximas à procura de restos de comida.

Foto de setembro de 2012.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

INCARVILLEA DELAVAYI (INCARVÍLEA)


Tem algo de exótico a incarvília, da família das bignoniaceae. Flor em forma de trombeta, em tecido de textura fina, leve como uma pena.
Multiplicação por sementes e por divisão, sendo esta última preferível e a executar no outono após a floração, com vantagem para a planta mãe que disporá de mais espaço a preencher com um bom terriço e terra de jardim. Pode cortar-se o raizame om um golpe de enxada, mais ou menos ao meio do tufo de raízes. Plantar em buraco aberto com uns 10 a 12 cm de profundidade. Convém proteger os caules no inverno com palhagem

NA SEQUÊNCIA DA MUITO OPORTUNA E GENEROSA INTERVENÇÃO DE FAROLECO QUE SEGUE, E QUE MUITO AGRADEÇO, RECONHECENDO QUE TEM TODA A RAZÃO, PEÇO DESCULPA AOS LEITORES PELO ERRO E SOLICITO-LHES QUE IGNOREM O TEXTO ACIMA, INCLUINDO O TÍTULO. MUITO OBRIGADO! 


Fotos de setembro de 2012.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

DATURA CANDIDA (TROMBETEIRA, TROMBETA-DOS-ANJOS, CÁLICE-DE-VÉNUS)


Aqui á volta, a cor mais comum das trombeteiras é a branca. Mas também já as tenho visto em vários tons de amarelo, cor-de-rosa, vermelho e laranja. Agora pude desfrutar desta magnífica flor em cor-de-pêssego (ou salmão?) muito ténue, pendente para o solo o que me permitiu fotografá-la de baixo para cima.
 

Devo, aliás, confessar que não me atrai o forte aroma das trombeteiras brancas, (insuportável á noite) demasiado enjoativo para meu gosto. 


Mas neste tom e com a envolvência de um jardim subtropical muito bem cuidado, quem não se deixaria atrair? (Entretanto, convém não esquecer que todas as partes da planta são tóxicas)
 
Fotos da primeira quinzena de setembro de 2012.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

EUPHORBIA MARGINATA (EUFÓRBIA-MARGINADA, NEVE-DA-MONTANHA)


A análise da flor é quase sempre mais rica de consequências para a identificação de uma planta do que a de qualquer outro órgão. No entanto, o que ressalta aqui é manifestamente a composição da cor da folhagem em que o elemento branco que margina a flor em maior ou menor profundidade, tem um efeito muito raro. Nem sempre domina o branco sobre o verde nas folhas de forma oblonga ou ovada.   


As flores surgem nas extremidades dos caules terminais. As inflorescências das eufórbias apresentam singularidades designadas pelo termo botânico Cyathium. Consistem em cinco brácteas especiais, unidas, formando uma espécie de taça, nectários, uma pequeníssima flor feminina ao centro e cinco grupos de reduzidíssimas flores masculinas.


Pela singularidade de folhas e flores é inglório o papel muitas vezes dado á marginata de mera folhagem na composição de jarras. 
Atenção á seiva que é tóxica se ingerida e é irritante para a pele (especial atenção aos olhos)!

Fotos da primeira quinzena de setembro de 2012.





segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ANNONA CHERIMOLA (ANONA, GRAVEOLA)

 
O meu primeiro contacto com as anonas foi já há dezenas de anos, nas ilhas do grupo central do arquipélago dos Açores. No botequim onde diariamente tomava o pequeno-almoço haviam sempre em alternativa ao copo de leite, sumos naturais de maracujá ou anona, entre outros, complementados com o inimitável queijo de São Jorge e o pão feito de farinha importada do Canadá. Mas lá a anona estava bem longe da produção comercial o que se percebe dada a necessidade da planta de longos dias de exposição ao sol. Já a Madeira produz a anona para o mercado local e nacional. Este ano, com surpresa, deparei-me com grandes plantações de anona entre Málaga e Motril, em Espanha e fui informado de que, no todo da produção da província de Granada, é já o primeiro produtor mundial deste fruto. Notável se tivermos em conta que (desde o séc. XVIII) até aos primeiros anos da década de 50 do século XX se tinha a árvore da anona apenas como mais uma a decorar o jardim ou quintal e que, para mais, ia dando alguns frutos para o consumo da casa.
 

Da família das Annonaceae, originária do Peru, é uma planta subtropical ou de clima temperado, não tolerante com geadas, nem com temperaturas muito além dos 25º. Apresenta tronco erecto, de ramificação baixa. As folhas caem apenas por algum tempo, justamente antes da floração, no início da primavera. As flores solitárias ou em grupos de duas ou três, são perfumadas. O fruto escamoso é longo, até uns dez centímetros, em forma cónica semelhante a um coração e pode pesar entre 150 a 500 gramas. Mas em algumas variedades poderá atingir os 2,50 quilos.  A pele apresenta--se mais ou menos revestida de protuberâncias redondas ou cónicas e abre-se sem esforço.
 
 
Os exemplares que em Portugal chegam aos super mercados são quase sempre colhidos em verde, com maturação retardada pela aplicação de químicos. Apenas os que são transportados por via aérea estarão aceitavelmente mais próximos da maturação. Pouco têm de comum com o magnífico sabor e textura dos frutos colhidos localmente para serem consumidos nos cinco dias seguintes. Uma incomparável delícia.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

NICOTIANA GLAUCA (CHARUTEIRA, ROCA-DE-VÉNUS, TABACO ARBÓREO, TABACO-BRAVO)


Nas nossas deambulações pelas ásperas arribas da Costa Tropical da Andaluzia, entre o mar Mediterrâneo e as montanhas, deparámo-nos frequentemente com este florido arbusto ou árvore, em locais extremamente secos e pedregosos, ás vezes rente ao mar, outras  nas encostas escarpadas dos montes. Também o vi posteriormente em jardins particulares como ornamental. Não o associei logo á família das solanáceas  a que pertence e muito menos á planta do tabaco. A forma pronunciadamente tubular da flor conduziu-me sem dificuldade á identificação da planta. Afinal, originária da Bolívia e Argentina, esta espécie exótica com nome alusivo á planta do tabaco não contém nicotina mas sim outros compostos similares que até são usados no tratamento de viciados em tabaco. 


Floração de maio a setembro. As flores são tubulares, amarelo-esverdeadas, hermafroditas e polinizáveis por moscas e borboletas.


As folhas, largas, tornam-se estreitas á medida que se aproximam do topo florido dos ramos, de forma ovalada tendendo para lanceolada, inteiras, alternadas, ligadas ao caule por pecíolo. O caule  cresce cerca de dois metros. As cápsulas contêm inúmeras sementes castanhas. O forte potencial em biomassa do tabaco-bravo e a sua rusticidade extrema, aguentando-se bem em solos secos e a temperaturas elevadas, tem vindo a interessar investigadores que estudam a convertibilidade de certos vegetais ricos em carboidratos fermentáveis, em bio-combustível. Finalmente, deve-se ter presente que todas as partes da planta são tóxicas para as pessoas e animais nomeadamente os domésticos.
 
Fotos de setembro de 2012.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MALVAVISCUS ARBOREUS (MALVAVISCO, HIBISCO-COLIBRI)


O malvavisco é semelhante ao hibisco mas pode alcançar os 4,50 metros de altura. As flores pendentes, em vermelho brilhante, surgem praticamente todo o ano, com incidência maior na primavera e verão e permanecem por vários dias. As pétalas parecem nunca abrir por inteiro permanecendo semi-abertas, enroladas em espiral á volta do pistilo.


A forma tubular da flor do malvavisco (corola longa e estreita), a cor vermelha, a ausência de perfume e abundância de néctar (composto de açúcares e aminoácidos dissolvidos em água) e pólen (rico em proteínas, amido, açúcar e óleos)  são o melhor chamariz para pássaros de bico comprido e insectos alados que passando de flor em flor, facilitam a polinização.
 
Fotos da primeira quinzena de setembro de 2012, na Andaluzia.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

SCHEFFLERA ACTINOPHYLLA (ÁRVORE-GUARDA-CHUVA)


A árvore-guarda-chuva, da família araliaceae, é outra árvore ornamental de origem tropical (mais especificamente das florestas de Queensland e Nova Gales do Sul, Austrália e Nova Guiné) e hoje já adaptada a regiões temperadas, cuja companhia pude desfrutar neste final de verão. É notável pela disposição da folhagem, pelas pequenas e exóticas flores vermelho rubi, organizadas em umbelas que despontam no verão.  O fruto é uma pequena drupa vermelha.


Grandes e grossas folhas persistentes, em verde claro, brilhante, em forma palmada, divididas em quinze folíolos.  
 

É natural que a planta se disponha em vários troncos. Mas nada impede que consista num único. Esta curiosa árvore também pode ser cultivada em vaso no interior da casa onde é apreciada pela contribuição que dá na purificação do ar, fornecendo muito mais oxigénio do que anidrido carbónico. Aí prefere um lugar bem iluminado. Não crescerá senão em proporções adequadas ao solo disponível e muito dificilmente dará flor. Ter-se-á presente que a seiva desta árvore tão atraente é tóxica e o contacto com as folhas pode revelar-se irritante para a pele. Evidentemente, é muito sensível ao frio e as geadas são-lhe fatais...
 
As fotos são da primeira quinzena de setembro de 2012, na Andaluzia.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

ERYTHRINA CRISTA-GALII (ERITRINA, ÁRVORE-DE-CORAL, CORTICEIRA)


Somos naturalmente atraídos por toda a espécie de plantas oriundas das zonas tropicais e subtropicais. Quando acabam por resultar em ambiente temperado dão um toque de exotismo pelas formas dos troncos, pelo lançamento dos  ramos, as formas das folhas e sobretudo das flores. Após a época normal de floração (maio a agosto), a eritrina é ainda uma bela árvore ornamental da família das Fabaceae (Leguminosae), com o tronco tortuoso e encortiçado, a casca quebrada, os ramos com picos, as raízes em parte manifestas. Cultivada em ajardinamentos de ruas e jardins públicos também pode ser vista em Lisboa (Jardim da Luz, Carnide) mas é originária do Brasil, Uruguai ou Argentina, sendo nestes dois últimos países flor nacional. As raízes apresentam nódulos resultantes da acção da bactéria com a qual vive em simbiose e facilitadora da absorção de azoto pela planta que em contra partida lhe fornece matéria orgânica.
 
 
As flores de cor vermelha coral, estão organizadas em inflorescências do tipo rácemo e são muito ricas em néctar. Durante a floração as folhas caem.O fruto é uma vagem com sementes semelhantes ás  do feijoeiro. A eritrina multiplica-se por semente e ainda por estaca. Um dia antes de as semear é conveniente mergulhá-las em água morna. O solo deve poder escoar muito bem a água das regas frequentes que é necessário fazer até que a plantinha desponte. Infelizmente não suporta as geadas...
 
Fotos da primeira quinzena de setembro de 2012.

domingo, 9 de setembro de 2012

SEDUM SPECTABILE (SEDO "BRILLANT")


Este ano começou mais cedo a floração. O tempo excessivamente quente ser-lhe-á propício.


Aqui está abrigado à sombra da tangerineira e encostado a um pequeno muro o que o torna mimoso pelo menos até á queda das folhas com as primeiras geadas. As inflorescências estão organizadas em cimeiras muito densas. As flores são rosadas e mostram cinco pétalas, cinco sépalas, cinco carpélios e dez estames. Os estames são mais compridos do que as pétalas. A floração dura até aos fins do outono e atrai normalmente todo um mundo de borboletas e abelhas.


A foto, da mesma ocasião das anteriores, retrata os pequenos botões ao lado de flores já bem desenvolvidas, atestando o facto da sucessão das florações.  As folhas verde acinzentadas são espatuladas. Quando secam por acção do frio intenso, corto os caules que hão-de ressurgir na primavera. Após a floração podem separar-se os grossos pés (raízes tuberosas) que se mudam para se multiplicarem. Aproveita-se para, cuidadosamente, se picar a terra em volta para arejar. Estes seduns são muito rústicos. Podem usar-se para delimitar canteiros em bordaduras. Nesse caso há quem prefira cultivá-los em vasos que depois se enterram onde se pretender. 

Fotos de 7 de setembro de 2012, no jardim.

sábado, 8 de setembro de 2012

PENIOCEREUS SERPENTINUS (CACTO-COBRA, CACTO RABO-DE-MACACO)


Ontem, cerca das 19 horas, o nosso peniocereus, após uma semana de flor primeira em botão, mostrava sinais de estar muito próximo de abrir. 
 
 
Hoje, pelas 7 horas da manhã, finalmente aberta. O perfume é intenso. Flor propriamente dita e tubo medem, no todo, cerca de 18 cm de altura. O tubo floral é maior que o perianto e mostra-se coberto por escamas. 
 
 
Ainda há pouca luz. Daí, em parte, o aspecto desfocado da imagem. Há vários anos que o cacto habita este cantinho. Até agora, o cacto tem vindo a investir no crescimento em altura dos caules colunares, cilíndricos, primeiramente erectos depois prostrados (actualmente com 1 metro de altura, pelo que tem de ser amparado com estaca), de cor verde claro e das aréolas lanosas e esbranquiçadas só víamos crescerem espinhos.
 
 
Por isso fomos agradavelmente surpreendidos quando vimos aparecerem os sinais de floração próxima. A flor é erecta, inserida bem perto da parte superior do rebento terminal, de cor branca e as tépalas são avermelhadas e evidentes quando abertas.
 
A primeira das fotos é de ontem e as demais de hoje, no jardim.
 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

NOTOCACTUS WARASII


Magníficas flores de notocactus que abriram no princípio desta semana na varanda da casa da nossa vizinha D. Lurdes que teve a gentileza de nos convidar para as ver e fotografar e simultâneamente oferecer alguns exemplares dos seus belíssimos cactos.



Os notocactus são de forma globular e aparecem por vezes como diferentes dos Parodia e noutras os dois géneros significam o mesmo. Também não é fácil para um leigo, distingui-los dos Echinocactus. Estes também mostram a forma globular mas os espinhos são fortes. Daí uma variedade destes ser designada, com evidente mau gosto, por almofada-de-sogra. A forma globular e a divisão em segmentos por proeminências estreitas desde a base até ao topo da planta, fazem parte da estratégia destas espécies para conservar ao máximo a água em ambientes extremamente secos como os desertos do sudoeste americano, México e América do Sul. Aquelas proeminências apresentam aréolas com numerosos espinhos radiais e 3 ou 4 centrais de tamanho diferente, permitindo uma geometria variável que incha quando calha chover e encolhe no comum do tempo. Das aréolas saem directamente as flores sem pedúnculos. A partir de uma certa envergadura o notocactus floresce todos os anos. A varanda da nossa vizinha e amiga está bem resguardada das geadas e recebe muito sol não falando já nos cuidados muito atentos que lhes dedica todo a ano.  

terça-feira, 4 de setembro de 2012

SYZYGIUM (JAMBO)


Surpreendente esta planta arbustiva ou arbórea da família das myrtaceae, que cresce desde a costa leste de África, até á Índia, sul da China e sudeste da Austrália  e Nova Zelândia. Em cima as flores espetaculares organizadas em cachos. Sobressaem os numerosos e evidentes estames (no conjunto formam o órgão de reprodução masculino) e os pontinhos amarelos de pólen no cimo de cada um, mais propriamente nas anteras. São perfumadas e melíferas. Lembram as esponjas de pó-de-arroz.


Na foto de cima e canto superior direito, os frutos são drupas e as sementes bagas globosas. Ali, onde as fotografei, a planta serve apenas para fins decorativos. Noutras paragens tem aplicações na alimentação e fitofarmácia.


As folhas, ovaladas, são abundantes e em verde intenso. O tronco apresenta casca rugosa. Floração e frutificação à parte, são igualmente dignos de registo a folhagem persistente e a textura e cor do tronco. Não obstante os frutos deixarem manchas no chão, é uma planta que não destoaria cá no jardim ...
 
As fotos são de 31 de agosto de 2012, na Praia da Barra, Ílhavo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

MYOPORUM LAETUM (MIÓPORO)


Nas minhas peregrinações ao longo do canal da Barra, ria de Aveiro,  detenho-me observando os mióporos que por aqui abundam. É notável como este arbusto/árvore, oriundo da Nova-Zelândia, suporta uma salinidade tão elevada, a força dos ventos e pobreza do solo arenoso.


Estacionamento aleatório de viaturas, entulhos vários e parques improvisados de merendas limitam na prática - e não pelos melhores motivos - qualquer veleidade de se tornar invasiva, apesar de não lhe faltar aptidão para tal. 


As folhas são de um verde-vivo brilhante. As flores são muito numerosas ainda que pequenas, as corolas brancas com pequenas manchas roxas e delas os estames se destacam. Igualmente roxos são os frutos na forma de drupas. Tratando-se de uma planta vivaz em zonas de tão difícil fixação, com notório mérito paisagístico e com evidente efeito de sebe, deveria merecer algum cuidado por parte dos veraneantes.

Fotos de Agosto de 2012, na Praia da Barra, Ílhavo.


domingo, 2 de setembro de 2012

MALCOLMIA LITTOREA (GOIVO-DA-PRAIA, GOIVINHO-DA-PRAIA)


Do ambiente dunar a que me referi na passada semana e durante o mesmo passeio, também captei estas imagens de goivo-da praia em flor. Este género pertence á família das brassicaceae (ou cruciferae, atendendo á disposição em cruz das pétalas) e prefere o solo arenoso e a exposição total ao sol. Vi poucos exemplares floridos e não sei bem se esta será a melhor altura para procurar estas delicadas flores das areias brancas.


As flores são, inesperadamente, muito delicadas na cor lilás e  dificilmente passam despercebidas.


A planta é uma erva perene, com vários caules ascendentes ou prostrados como os das fotos, cobertos de pelos, branco acinzentados e lenhosos na base. O fruto é seco e quando maduro abre por si, expondo as sementes ao vento (síliqua).

Fotos dos últimos dias de Agosto de 2012, entre as praias da Barra e da Costa Nova.

sábado, 1 de setembro de 2012

PHYSOSTEGIA VIRGINIANA (OBEDIÊNCIA)


Não foi nada fácil chegar à identificação desta planta que nestes últimos dias iniciou a floração da época. Há um ano que vinha tentando, sem êxito, talvez porque a procurava de entre as campanulaceae quando afinal é membro da família das lamiaceae a que igualmente pertence a hortelã. O nome original era expressivamente designado por labiateae.
 
 
Percebe-se agora quando se observam mais em pormenor, como na foto de cima: as flores apresentam as cinco pétalas fundidas com um lábio superior e um lábio inferior.


As flores tubulares apresentam-se bilateralmente simétricas e desenvolvem-se a partir do cimo das hastes.  As do jardim são de cor rosa, mas também as há brancas e rosa-púrpura.
 
 
A planta é uma vivaz que requer um solo rico em húmus, exposição ao sol ou à meia sombra. Cresce até uns 70 cm de altura e forma maciços que podem ser divididos na primavera, todos os cinco anos e não antes. É muito resistente ao frio. Deve ser controlada pois pode tornar-se invasiva.
 
Fotos de ontem, no jardim.