quarta-feira, 31 de outubro de 2018

GUNNERA INSIGNIS (GUARDA-SOL do POBRE, POOR MAN,S UMBRELLA, SOMBRILLA DE POBRE)


No ambiente  próprio das zonas tropicais, saturado de humidade, chuvas frequentes, e em altitudes superiores aos 1.500 m, solo vulcânico recente, pobre, crescem estas plantas  herbáceas, rizomatosas,  de folhas exageradamente largas que podem atingir os 3 metros de largura. Vivem em simbiose com uma cianobactéria que lhes fixa o azoto atmosférico recebendo, em troca, carbono. 


Igualmente espectaculares são as inflorescências cónicas em tons de vermelho, podendo crescer até um metro de altura. A polinização é feita pelo vento. Não têm pétalas e produzem frutos de apenas uma semente. Também se reproduz por divisão dos rizomas.


Em primeiro plano, alguns exemplares da gunnera e, ao fundo, parte da cratera vulcânica: a  verde-azulado,  águas ácidas do lago.


Fumarolas, emissões de gás e micro-abalos  constantes definem o ambiente instável em que resistem aquelas admiráveis plantas. 


Outra imagem para se ter uma ideia mais pormenorizada da especial composição do solo   a que a gunnera tenta fixar-se. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

CYRTOSTACHYS renda (PALMEIRA-LACA, RED SEALING WAX PALM)



Uma planta bem exótica esta palmeira proveniente dos climas tropicais, quentes e de elevada humidade. Demasiado sensível ao frio ou à secura pode, no entanto, adaptar-se ao ambiente controlado de uma estufa quente. Os caules são do tipo espique, finos e múltiplos, cilíndricos,  podendo alcançar os 4 a 6 metros de altura e nas melhores condições em natureza podem alcançar os 10 metros. O crescimento é lento. Pecíolos longos, unem o espique à folha. Espique e pecíolos são de cor vermelha, por vezes alaranjada consoante a variedade. As folhas são compostas (constituídas pelos ditos folíolos) em tons de verde e as flores de cor amarelo-pálido. 

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

EICHHORNIA CRASSIPES (JACINTO-de-ÁGUA, AGUAPÉ-de-FLOR ROXA, COMMON WATER HYACINTH)


Conceda-se-lhe a triste fama de ser uma das cem mais nocivas invasoras do mundo. Nem a manifesta beleza das flores e folhas a absolverá. A comercialização da planta em Portugal está proibida por lei desde 1974. No entanto, há notícia de que já tem sido vista à venda, como decorativa, em lojas de flores. 


Os jacintos de água, originários da bacia do Amazonas, formam tapetes densos à superfície das águas impedindo as plantas aquáticas nativas de receberem a luz solar. Afetam os recursos de água para consumo doméstico, alteram a temperatura da água, baixam os níveis de oxigenação com reflexos também na saúde e vida dos peixes, impedem o escoamento favorecendo as inundações, facilitam a proliferação de mosquitos. 

Dispensam a terra para o seu desenvolvimento. Encontram-no nas substâncias orgânicas presentes na água. São plantas herbáceas flutuantes, de longas raízes em cabeleira. Os caules são estoloníferos que em desenvolvimento formam rapidamente novas plantas. As folhas são espessas e largas, ovóides na forma, de um verde-escuro brilhante e mostram-se num pecíolo inchado formado por um tecido esponjoso que lhes faculta a capacidade da flutuação. 


Grandes flores hermafroditas de seis tépalas semelhantes a pétalas, ovadas a oblongas. A tépala cimeira apresenta-se de amarelo ao centro rodeado por tons de azul pálido, raiados a violeta. 

Um exemplo de cuidado: o município de Águeda  tomou a peito o controlo dos jacintos da lindíssima Pateira de Fermentelos usando uma ceifeira aquática, já baptizada "Pato de Água" e que flutua desde os 35 cm de água. Controlo que não a eliminação total ...