domingo, 16 de julho de 2017

HELIANTHEMUM ( SUN ROSE, HÉLIANTHÈME )


Num canteiro um tanto pedregoso, bem exposto ao sol, eis o helianthemum ali usado como planta de cobertura. 


À primeira vista as flores podem ser confundidas com rosáceas. Mas diferentemente destas os estames prendem-se à base do ovário. Situemos: as muito conhecidas estevas, tal como a tuberaria guttata, plantas  espontâneas do clima mediterrânico, pertencem à mesma família do helianthemum.


Surpreendentemente, flores de cinco pétalas e numerosos estames murcham demasiado cedo.


Bem longe das temperaturas estivais e solos pobres que em parte explicam a rápida maturação das sementes das  estevas dos nossos campos, as plantas das fotos de hoje são híbridos de helianthemum já adaptadas a um clima chuvoso e solos férteis. 

sábado, 8 de julho de 2017

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO! (NOT EVERYTHING THAT SHINES IS GOLD)


Pequenos cursos de água aparentemente cristalina manifestam  a montanha viva.


Mas, vistas mais de perto, águas e leito, que surpresa: sobressaem tonalidades fortemente acastanhadas. Alarmante? E, no entanto, das nascentes até à foz no grande lago, não há vestígios de habitações, mesmo acampamentos temporários, pastorícia, muito menos indústrias, com as suas lixeiras e derivados. Tão só a montanha selvagem, típica das latitudes mais a norte da Europa.


Tranquilizemo-nos: investigadores que desde há dezenas de anos monitorizam estas águas, garantem que os tons de castanho nos aproximam cada vez mais do que eram os ribeiros de montanha antes da revolução industrial. Nos últimos decénios terá havido redução de chuvas ácidas, as tais que arrastam compostos de enxofre suspensos na atmosfera. Por seu lado, essa redução terá permitido o aumento de carbono orgânico dissolvido na água, aqui facilitado pelas quantidades enormes de turfeiras em toda a cadeia montanhosa. Mais cristalino igual a mais puro? Pelos vistos, nem sempre!