domingo, 26 de maio de 2019

APARÊNCIA e REALIDADES


Início de primavera. Os olmos-brancos ganham cor. Mas, ao nível do solo, ervas rasteiras de textura rolada, mostram-se em tons de amarelo tendendo para o castanho. Mortas? Algumas estarão. Mas, no conjunto, só aparentemente. De facto, em grande parte estão apenas adormecidas. Durante meses, a neve cobriu as colinas. A falta de luz, alterou drasticamente as condições em que a vegetação rasteira realiza a função clorofilina. Ou, então, há ervas que alcançaram o pleno do seu desenvolvimento e entraram na fase de multiplicação, soltando as sementes maduras ao vento e ao apetite de aves e ruminantes. Então, porquê a pressa? Dias virão com temperaturas mais amenas e humidade que baste. Ressurgirão possivelmente com todo o vigor. Admiráveis! 

quarta-feira, 8 de maio de 2019

O ESPÍRITO dos LAGOS


As árvores de folha caduca despertam do longo sono de inverno.  Despontam alguns rebentos. Os dias  são ainda frescos e o tempo instável.  Retomam-se os passeios em volta dos lagos. É primavera! 


 O mais ínfimo recorte, a pequena baía, uma rocha que emerge das profundezas, guardam  segredos  veiculados em lendas, superstições e mitos repetidos desde tempos antigos.  Acredite ou não, uma figura sedutora, misto de mulher e foca, pode surgir em lugares recatados das margens apanhando banhos de sol. Outras há, como os unicórnios, criaturas divertidas, enquanto outras são repulsivas.




Por mim, creio que um verdadeiro espírito habita os lagos de montanha e atrai  os visitantes quesem pressa alguma, se disponham  à contemplação das suas águas e da envolvente, incluindo o caprichoso movimento das nuvens. E há a vida selvagem e seus reais segredos a descobrir. A pé ou de bicicleta são incontáveis os trilhos. Para trás, que alívio, ficam cidades, trabalho, preocupações. 






quinta-feira, 2 de maio de 2019

SONS de MONTANHA


  Nos vales profundos e longos, as águas das cheias arrastam em turbilhão  pedras roladas, cascalhos, areias e lodos  que embatem entre si e com as margens graníticas. Agora, os ribeiros rasam os prados e as temperaturas são mais amenas. Reverdecem os pastos. O murmúrio das torrentes, manifestando a vida da montanha, alcança o cimo das colinas. Não, não é o silêncio que habita estes espaços.