quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

CALCEOLARIA BIFLORA (CALCEOLÁRIA, SAPATINHOS-DE-VÉNUS)



As fortes geadas dos últimos dias vem limitando substancialmente a agenda de trabalhos ao ar livre. Felizmente que no interior da casa ainda há um ou outro vaso florido. 
Escolhemos para hoje uma planta anual, por vezes vivaz, da família calceolariaceae. O seu nome reporta-se á forma da parte inferior da flor (na terceira foto melhor orientadas) e evoca os sapatinhos, de gosto oriental, nas representações de personagens dos contos das Mil e Uma Noites.


As folhas na forma e na cor, lembram-me as prímulas. 
 
Mas,  decididamente, são as muito exóticas flores das calceolárias que fixam a atenção. Organizam-se em inflorescências em dicásio: os pedúnculos de cada flor da inflorescência partem de um mesmo nó e desenvolvem duas gemas de cada vez. 
 
A corola é frequentemente em tons de amarelo, pintalgada com manchas ou pontuações em tons de vermelho ou outras cores contrastantes. Mas há muitas outras combinações, sempre em  vistosas cores, como o laranja, cor de tijolo, vermelho ou rosa.  


Corola labiada sendo os lábios de dimensões diferentes. O superior, curvado, é bem mais pequeno que o inferior. Este reveste a forma de capucho, é inteiro ou ligeiramente lobado.
Lábio inferior mais dilatado de um lado do que do outro (ventricoso). No inferior há um tecido secretor de óleos (elaióforo), retribuição aos selectos polinizadores, insectos alados que alimentam as suas larvas com um pitéu altamente energético.

 
Nas segunda e terceira fotos são bem visíveis os estames e parte do pistilo.
As flores, tão chamativas pela cor são, porém, inodoras.
 
Fotos de 25 de fevereiro de 2013, em casa. 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ERICACEAE AZALEA (AZÁLIA)



O meu primeiro contacto com as azáleas foi nas ilhas de baixo, no extremo ocidental do grupo central do arquipélago dos Açores. Aí formam cercas (bardos ou canadas lhes ouvi chamar localmente), ladeando estradas ou separando campos cultivados. Parece-me preferirem a exposição ao sol ou a meia-sombra, locais abrigados e alto teor de humidade relativa do ar. Vi corredores lindíssimos nas orlas das florestas fechadas de criptomérias (cryptomeria japonica) ou resguardadas pelos altos incensos (pittosporum undulatum), sobretudo no microclima da zona da praia e termas do Varadouro, Faial, para onde caem em cascata, sete ribeiras que descem de altas arribas.
 
 
Ultrapassam de longe a beleza das hortênsias azuis, azuis e brancas ou em rosa, muito mais   abundantes do que as azáleas. Também as preferia às camélias sempre presentes nos jardins. As azáleas são, muito mais delicadas nas suas pétalas sedosas e também mais frágeis do que as hortênsias. Não são visíveis a longas distâncias vestindo as encostas húmidas como as hortênsias, nem  alcançam o explendor dos tons vivos das camélias (seguido de uma tão rápida senescência!) mas discreta e persistentemente vão apurando a sua beleza requintada.
 
 
As azáleas da foto não alcançam a beleza das açorianas mas ainda assim quem lhes fica indiferente?  
 
Tantas são as formas, tamanhos, cores da planta e das flores que prometemos em breve voltar a este tema.
 
Fotos de 22 de fevereiro de 2013, jardim privado, em Coimbra.



 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

PLECTRANTHUS ORNATUS (BOLDO RASTEIRO)



Planta herbácea, vivaz, da família lamiaceae, com 30 a 40 cm de altura, tolerante á seca e em geral muito resistente. É uma boa planta de cobertura de solos ou para marcar o limite de canteiros floridos.
 
As folhas são suculentas, boas portanto para suportar a época estival. Apresentam uma invulgar disposição, como que fatiadas quando vistas a partir de cima.
 
 

Floresce todo o ano em espigas nos tons malva ou azul-púrpura e exala um aroma desagradável, tanto, que supostamente afastará cães e gatos. Daí ser conhecida na língua inglesa também por dog bane ou dog gone. O cálice é tubuloso, bilabiado. Igualmente tubulosa é a forma de parte da corola (em funil) e a outra parte é rasgada formando dois lábios. Um superior que protege os estames e um inferior trilobado que serve de pista de aterragem dos insectos polinizadores. 
Androceu com 4 estames.  Filetes concrescidos em bainha aberta através da qual passa o estilete. São bem visíveis nas fotos.


Esta planta multiplica-se por si. Para início podem usar-se estacas.
 
Tenho uma atracção especial pelas formas das flores labiadas. Em geral as labiadas cheiram muito bem, ricas que são em óleos essenciais. Mas o boldo rasteiro  dirige o seu aroma a outros que não os narizes humanos. Todas as plantas com flores em tubo, são muito selectivas com polinizadores alados.  Estratégias apuradas ao longo de milénios. Quanto a humanos, passam muito bem ignorando-os simplesmente. Que ingratas!
 
Fotos de 21 de fevereiro de 2013, em Coimbra.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

MARÍLIA DE DIRCEU


Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
que viva de guardar alheio gado;
de tosco trato, de expressões grosseiro,
dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
das brancas ovelhinhas tiro o leite,
e mais as finas lãs, de que me visto.
                Graças, Marília bela,
                 graças à minha estrela!


Eu vi o meu semblante numa fonte:
dos anos ainda não está cortado;
os pastores, que habitam este monte,
respeitam o poder do meu cajado.
Com tal destreza toco a sanfoninha,
que inveja até me tem o próprio Alceste:
ao som dela concerto a voz celeste
nem canto letra, que não seja minha.
                 Graças, Marília bela,
                  graças à minha estrela!


Mas tendo tantos dotes da ventura,
só apreço lhes dou, gentil pastora,
depois que o teu afecto me segura
que queres do que tenho ser senhora.
É bom, minha Marília, é bom ser dono
de um rebanho, que cubra monte e prado;
porém, gentil pastora, o teu agrado
vale mais que um rebanho e mais que um trono.
                  Graças, Marília bela,
                   graças à minha estrela! (...)

Marília de Dirceu, Tomás António Gonzaga (1744-1810)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MALVA SYLVESTRIS (MALVA-BASTARDA, MALVA-ALTA)


A meio da tarde, demasiado quente para inverno, um espaço transformado dentro do aglomerado urbano, na margem esquerda do Mondego, em Coimbra, desperta-me a atenção pela abundância de ervas espontâneas.
 
De entre todas não pode passar despercebida a malva-alta, (a planta dos queijinhos) pelo seu porte e pela novidade das flores violáceo-purpúrias contrastando com o habitual tom de verde da folhagem.


Parar um pouco, tomar atenção aos pormenores, é sempre compensador. Afinal, de perto, é ainda mais bonita do que aparenta!
 
Vejamos a vistosa flor: cinco pétalas livres entre si, mais estreitas na base,  bilobadas no cimo, imbricadas, soldadas à base do tubo estaminal. As nervuras das pétalas são em tom púrpura mas mais carregado. Cinco sépalas. Os estames  estão soldados pelos filetes. Giniceu (onde se formam os gâmetas femininos) com numerosos carpelos soldados. Na foto pode ainda ver-se uma parte do calículo de três peças, formado por brácteas em círculo envolvendo externamente o cálice.


Numerosas ramificações. As folhas são duras, largas, arredondadas, alternas e pecioladas (pecíolos longos). Apresentam cinco lóbos pouco profundos. As raízes agarram bem no solo tornando muito difícil extrair a planta á mão dos solos cultivados. 
 
Porque não cultivá-la no jardim? Sugere-se a malva moschata. Necessário será mantê-la nos limites pois ressemeia-se espontaneamente. 
 
Fotos de 15 de fevereiro de 2013.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

RANUNCULUS TRILOBUS (RANÚNCULO-TRILOBADO)


 
Convido-o a dar uma vista de olhos pelas fotos da anterior edição que é doutro "ranunculus", o r. ficaria e anotar as diferenças e semelhanças em morfologia externa com este outro primo o r. Trilobus. Este também cresce em terrenos húmidos ou temporariamente encharcados, alcançando 10 a 15 cm de altura. É uma herbácea espontânea, anual. Flores solitárias, brilhantes em amarelo-claro. As 5 pétalas são obovadas.


As folhas são pecioladas. As inferiores são inteiras, ovadas e dentadas. As demais são segmentadas em três. Distinguem-se claramente da folha do r. ficaria também por serem mais claras e menos brilhantes.


São assim as flores que, logo á primeira vista, evidenciam o parentesco entre estas plantas, ambas da família ranunculaceae, não obstante a diferença entre si do número de pétalas e sépalas. Se a nós leigos na matéria, para comparação, nos apresentassem apenas as folhas não chegaríamos á conclusão do parentesco. Se víssemos a raízes também não encontraríamos na r. Trilobus o desenvolvimento de tubérculos como na r. Ficaria. A tentativa de identificação passa sempre pela análise comparada de vários órgãos da planta.
 
As fotos são dia 15 de fevereiro de 2013, tiradas na chamada horta monástica do Mosteiro de Santa Clara a Velha, em Coimbra.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

RANUNCULUS FICARIA (FICÁRIA, CELIDÓNIA-MENOR, ERVA-HEMORROIDAL)


Os solos da Várzea estão ainda ensopados das chuvas. Incultos na quase totalidade, apesar de solos de primeiríssima ordem com provas dadas ao longo de séculos e que mantém um potencial elevado de produtividade, neles, a cega natureza a pouco e pouco vai retomando os seus direitos.

Foram solos disputados pela rara fecundidade que oferecem a quem os trabalha e daí por acção das partilhas de heranças fragmentados em ínfimas parcelas agora atravessadas por larga estrada e passeios do que resultaram aleatórias divisões de facto, áreas e figuras geométricas verdadeiramente insólitas, acessos confusos.
 
Por algum tempo alguns dos proprietários ainda sonharam com uma iniciativa dos poderes públicos de tal modo que os prédios fossem transformados de agrícolas em prédios com aptidão urbana, quem sabe, até já servidos das indispensáveis infraestruturas e tanto quanto possível sem custos de loteamento ou com custos apenas simbólicos. Foi tempo. Hoje a teia da lei é cada vez mais fina e as penalidades pelas infracções são temidas até pelos executivos autárquicos.
 

Herbáceas não semeadas, disputam agora estes solos húmidos.  Dentro de semanas, quase todas terão  florido. Antecipam-se as ficárias (as raízes comportam tubérculos com a forma de pequenos figos, daí a designação de ficária) plantas vivazes que surgem em colónias em largos tapetes, da família ranunculaceae, que se deliciam com os pés molhados.

São plantas de caule rasteiro. Espessas folhas em forma de coração revertido, espessas, dispostas alternadamente, exibem-se em verde brilhante. As flores, muito vistosas, são solitárias em forma de estrela de cor amarelo-dourado e no declínio viram brancas. Contei onze longas pétalas na base das quais e no centro da flor se situa o giniceu, com um tentador depósito de néctar. Fecham com o tempo encoberto.   São vários os estames, voltados para dentro. As sépalas são menos, apenas três. Os pedúnculos longos. Frutos agregados na terceira foto. Aqui e ali vêem-se (alguns grandes) insectos de volta das flores.

Multiplicam-se através dos tubérculos e dos bolbilhos situados na axila das folhas.

Finda a primavera, o solo argilo-calcário da Várzea irá progressivamente endurecendo até ficar como rocha no alto verão. As águas ter-se-ão sumido da superfície. E da ficária subsistirão as raízes. Outras ervas povoarão estes solos ingloriamente abandonados. 
 
Fotos do fim da manhã de ontem na Várzea, limite da aldeia.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

BICICLETAS

 
ELOGIO BARROCO DA BICICLETA


Redescubro, contigo, o pedalar eufórico
pelo caminho que a seu tempo se desdobra,
reolhando os beirais - eu que era um teórico
do ar livre - e revendo o passarame à obra.

 

Avivento, contigo, o coração, já lânguido
das quatro soníferas redondas almofadas
sobre as quais me etangui e bocejei, num trânsito
de corpos em corrida, mas de almas paradas.




Ó ágil e frágil bicicleta andarilha,
ó tubular engonço, ó vaca e andorinha,
ó menina travessa da escola fugida,
ó possuída brincadeira, ó querida filha,
dá-me as asas - trrim! trrim! - pra que eu possa traçar no quotidiano asfalto um oito exemplar !


Poesia de Alexandre O,Neill
Fotos de J.M.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

OXALIS PES-CAPRAE (AZEDA), uma flor


Uma flor muito vistosa, em amarelo brilhante, típica dos solos cultiváveis ou á beira dos caminhos, surgindo no final do inverno e início da primavera em extensas colónias que florescem em sincronia. Dispõem-se em inflorescências caracterizadas pela posição das flores inseridas num único ponto do caule.
 
Vistosas e estando ao alcance fácil das crianças,  ousávamos chupar os seus caules de sabor acidulado. Uma brincadeira necessariamente breve, já se vê.
 
Planta de muito difícil ou impossível erradicação. Os bolbilhos asseguram-lhe a sobrevivência ás geadas que rapidamente queimam as partes aéreas da planta mas não alcançam as subterrâneas.
 
Aí estão de novo, em extensas manchas, anunciando a proximidade da primavera.

Foto de sábado passado no quintal.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

LACTUCA SATIVA (ALFACE)



As nossas alfaces cultivadas em túnel baixo já estão comestíveis. E se são saborosas!  Podemos comer sem risco pois de químicos têm zero.
 

A temperatura não deve ser superior a 18º C, nem inferior a 7º. Dias com temperaturas superiores aos 18º C aceleram a produção de flores com a consequência de as folhas se tornarem intragáveis porque duras e amargas.  
 
Esta é ainda uma boa altura para as plantar já que apreciam o fresco mas resguardando-as do frio e das geadas.
 
Quanto a resguardos e na falta de estufa, vinha usando cobri-las com garrafões de plástico. Não voltarei a fazê-lo porque não têm volume suficiente para estas plantas e também voam mais facilmente com o vento forte. Nesta altura em que os dias são frescos, os túneis baixos protegem satisfatoriamente as alfaces. Desta maneira, torna-se uma cultura fácil ao alcance de qualquer agricultor de trazer por casa.


Até agora, os únicos inimigos da alface têm sido lesmas e caracóis. Mas nada que assuste e, para mais, são controláveis á mão, sem necessidade de recurso a químicos.

Então, boas saladas com produção própria!
 
As fotos são de hoje, no quintal.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

BERGENIA CORDIFOLIA (BERGÉNIA), a flor

 
 
A bergénia é oriunda da Ásia (Mongólia e Sibéria). È uma herbácea vivaz, da família saxifragaceae, resistente, acomodável a variados tipos de solos se bem drenados e alcançando entre 20 a 40 cm de altura.
 

A planta é de  rizoma espesso e revestido de escamas. A bergénia cresce em altura entre 15 e 30 cm, oferece folhas enormes quando comparadas com as flores, em verde-escuro, simples, persistentes,espessas,lustrosas, de contorno aproximadamente circular  (orbicular).
 

As pequenas mas vistosas flores são pendentes, de cinco pétalas e corola em forma campanulada. Em tons rosa ou lilás, surgem no final do inverno, podendo aparecer intermitentemente todo o ano. Agrupam-se em inflorescências cimosas. Apresentam dez estames e 2 carpelos. Pecíolos longos de cor avermelhada (ver na primeira foto).


A bergénia é utilizada na cobertura de solos ou marcando as bordas. Prefere zonas bem protegidas não desdenhando sítios pedregosos e lugares parcialmente sombrios, bem drenados mas não secos. No foto acima, o caule carnudo e duro e neste a inserção basal dos pecíolos de todas as folhas.
 
Propaga-se por divisão e também por sementes.

É mais uma flor de inverno e uma planta resistente ao frio, pouco exigente e decorativa mesmo fora da floração. Recomendo.

Fotos de janeiro de 2013, no jardim, após a intempérie.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

domingo, 3 de fevereiro de 2013

CAMELLIA (CAMÉLIAS), flores


Simples, semi-dobradas ou dobradas,  este ano talvez precoces, eis as camélias em esplendor!


Flor-emblema do romantismo, conheceu uma enorme popularidade durante o século XIX.


Tal associação não a prejudica. A camélia vale por si em qualquer das magníficas cores que oferece. A floração poderá ir até abril se as chuvas e o vento não precipitarem mais cedo a queda, atapetando o solo com as corolas desmaiadas. Sobrarão, apesar de tudo as folhas verde-escuras, persistentes, lustrosas, de textura coreácea, uma agradável presença de todo o ano.  Os ramos são consistentes e suportam bem grandes ramalhetes que servem a decoração de interiores.
 
 
Esta planta parece brincar com o frio quando em pleno inverno desdobra os belos botões. Os numerosos e longos estames nos tons de amarelo  e branco, sobressaem em praticamente todas as variedades. Aromas á parte, na falta de rosas agora recolhidas a penates dormitando o sono dos justos, as camélias trazem em pleno inverno um eco colorido dos dias abundantes do Estio.
 
Voltaremos, com diferentes variedades de flores de camélias.
 
Fotos de ontem.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

LAMBENDO AS FERIDAS


De janeiro  fica a memória do vendaval e dos seus resultados. Nas matas, dia e noite, ecoa o som das moto serras cortando as árvores abatidas. Trabalho para meses. Comerciantes de árvores e informadores não largam os pequenos proprietários de floresta. São recorrentes as notícias dos furtos descarados, em pleno dia.  É fartar vilanagem!


Outro resultado que poderá estar relacionado com o tempo chuvoso é a situação dos pomares de laranjeiras. Aqui não vai ficar um único fruto nas árvores. As laranjas apodrecem na árvore e todas as manhãs o chão aparece coalhado de frutos sem aproveitamento. Recolhemos os frutos que depositamos para destruir em local afastado. Fica limpo apenas por momentos.
 
A podridão ataca igualmente os legumes.
 
Não houve cheia digna de registo mas as terras estão saturadas de água e os poços cheios.
 
No entanto, os últimos dias foram de sol e viveu-se alguma agitação nos quintais com a sementeira de batata "do cedo".  Aqui não se desiste!
 
As fotos são de ontem. Plantas-promessa, a primeira do quintal e a última do jardim, que também suportaram o temporal e ... não desistem.