sábado, 22 de dezembro de 2018

acerca de um pobre príncipe esfarrapado







Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.
Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.
Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.

Natal Chique, Vitorino Nemésio.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

TRANSIÇÕES


Surgiram estrategicamente no meio de campos de centeio, cevada ou trigo, pontuados por oliveiras e  amendoeiras, abrigo de pombos que encontravam alimento no restolho dos cereais.


A carne das aves complementava a dieta dos lavradores. Por outro lado, a alimentação natural dos pombos possibilitava um estrume especialmente rico em azoto (muito superior ao do gado vacum ou equino) que era aplicado nos campos. Mas, a pouco e pouco,  extensos vinhedos  plantados em socalcos substituíram as culturas tradicionais do Vale do Côa.  Já não há novos pombais e a maior parte dos antigos foi tomada pelas silvas. Sobram aqueles que o gosto ou o capricho dos proprietários vão mantendo, a par dos não menos belos muros de pedra solta. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

TERRAS ALTAS. FRIO? QUAL FRIO?


Tardam os nevões, mas esta pequena vaca não os teme vestida como está com o seu casaco espesso. Nas terras altas, onde os pastos escasseiam,  pode alimentar-se de plantas que outro gado recusaria e suportar condições climatéricas a que outros não sobreviveriam. Naturalmente preparadas para o frio não carecem tanto de acumular gordura. Por outro lado o declive natural do terreno propicia o desenvolvimento de bons músculos. A vaca adulta pode pesar 500 Kg e o boi 800 Kg com uma excelente qualidade de carne.


Em natureza, estes animais têm uma esperança de vida de 20 anos. São muito dóceis. Há que ter em conta, porém, o zelo exagerado na protecção das crias. Hoje em dia, a procura de um bom bife magro de gorduras desperta o interesse comercial na criação deste gado. Não há, assim, risco de extinção, bem ao contrário do bisonte ou mamute com quem são manifestamente aparentados. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

CAÇANDO IMAGENS


Outono. Um casal de faisões cruza a estrada, o macho na dianteira já a meio do talude, meio confundido com a vegetação, e a fêmea atrás, sensivelmente a meio da via. No corpo e cauda, os machos têm pintas castanhas, verdes e pretas, cabeça em verde escuro e face avermelhada.  As fêmeas são mais pequenas  e a cor é mais uniforme. Apresentam um corpo mosqueado a castanho pálido. A cauda é comprida. Procuram sementes e insectos,  especialmente no restolho dos cereais. Estas belíssimas aves dificilmente serão colhidas pelo trânsito rodoviário. Porém, o risco  de serem mortas pelos caçadores é constante entre 1 de  Outubro a 1 de Fevereiro. Por estas paragens são criadas em cativeiro aos milhões (mais de 30 milhões) e soltas a partir de Julho de modo que possam ser abatidas a voar com pelo menos 7 semanas. A caça destas aves está estritamente regulamentada e, para os nossos padrões, é caríssima. Os caçadores são devidamente enquadrados pelos promotores que oferecem pacotes de serviços, incluindo alojamento, refeições e transporte na reserva. E, assim, por cada ave abatida, o caçador pagará em média o correspondente a cerca de 30 a 40 euros... 

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

VIVER, DEIXAR VIVER


Ecologia comportamental: em vez de permanecerem sempre fechados, pelo menos numa parte do dia o bando de patos é solto para percorrer livremente os campos em volta, exercitando os músculos, comendo em complemento das rações ensacadas, pequenos bocados de ervas tenras, insectos, minhocas, pedrinhas. Claro que não temem as sempre presentes chuvas de outono. Resultado: menor incidência de obesidade, melhor saúde animal, vida feliz, algum controle dos insectos. Incidentes com raposas são raros pois os cães estão normalmente atentos e não permitem que o bando se aproxime das áreas florestadas. Aparentemente parecem mais preocupados com as possíveis investidas dos predadores do que os donos. Mas os cuidados com o bem-estar e o carinho prestados pelos criadores a estes animais não andam muito longe dos que dedicam aos seus animais de estimação. Não obstante, que delícia de ovos e de carnes! 

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

SPATHODEA CAMPANULATA (ESPATÓDEA, TULIPEIRA, BISNAGUEIRA, AFRICAN TULIP-TREE)


Árvore de crescimento rápido, originária de África, de grande efeito ornamental, especialmente adaptada aos climas equatoriais e tropicais de todo o mundo, podendo tornar-se invasiva. 


Os botões florais formam cachos, abrindo primeiro os de fora. Lembram as bisnagas e são usados na brincadeira pelas crianças que cortam uma ponta, pressionam e lançam entre si esguichos de água ou pisam os amontoados de flores caídas no chão. Brincadeira não isenta de consequências pois a seiva, além do cheiro característico, forma nódoas na pele e nas roupas. Daí serem também chamadas de chichi-de-macaco ou chichi-de-mico.  Flores em tons de vermelho- alaranjado, sendo menos frequentes as amarelas.  As corolas são campanuladas, com cinco lóbulos de bordos amarelados, mais ou menos enrugados.



É também árvore de grande porte, entre os 15 e os 20 metros de altura. A madeira, de casca fina, é clara e mole.  As flores contêm alcalóides tóxicos potencialmente letais para as abelhas e os beija-flores na procura do néctar. É razão invocada para a proibição do seu plantio em muitos estados da América Central e do Sul bem como na Austrália.  

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

GUNNERA INSIGNIS (GUARDA-SOL do POBRE, POOR MAN,S UMBRELLA, SOMBRILLA DE POBRE)


No ambiente  próprio das zonas tropicais, saturado de humidade, chuvas frequentes, e em altitudes superiores aos 1.500 m, solo vulcânico recente, pobre, crescem estas plantas  herbáceas, rizomatosas,  de folhas exageradamente largas que podem atingir os 3 metros de largura. Vivem em simbiose com uma cianobactéria que lhes fixa o azoto atmosférico recebendo, em troca, carbono. 


Igualmente espectaculares são as inflorescências cónicas em tons de vermelho, podendo crescer até um metro de altura. A polinização é feita pelo vento. Não têm pétalas e produzem frutos de apenas uma semente. Também se reproduz por divisão dos rizomas.


Em primeiro plano, alguns exemplares da gunnera e, ao fundo, parte da cratera vulcânica: a  verde-azulado,  águas ácidas do lago.


Fumarolas, emissões de gás e micro-abalos  constantes definem o ambiente instável em que resistem aquelas admiráveis plantas. 


Outra imagem para se ter uma ideia mais pormenorizada da especial composição do solo   a que a gunnera tenta fixar-se. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

CYRTOSTACHYS renda (PALMEIRA-LACA, RED SEALING WAX PALM)



Uma planta bem exótica esta palmeira proveniente dos climas tropicais, quentes e de elevada humidade. Demasiado sensível ao frio ou à secura pode, no entanto, adaptar-se ao ambiente controlado de uma estufa quente. Os caules são do tipo espique, finos e múltiplos, cilíndricos,  podendo alcançar os 4 a 6 metros de altura e nas melhores condições em natureza podem alcançar os 10 metros. O crescimento é lento. Pecíolos longos, unem o espique à folha. Espique e pecíolos são de cor vermelha, por vezes alaranjada consoante a variedade. As folhas são compostas (constituídas pelos ditos folíolos) em tons de verde e as flores de cor amarelo-pálido. 

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

EICHHORNIA CRASSIPES (JACINTO-de-ÁGUA, AGUAPÉ-de-FLOR ROXA, COMMON WATER HYACINTH)


Conceda-se-lhe a triste fama de ser uma das cem mais nocivas invasoras do mundo. Nem a manifesta beleza das flores e folhas a absolverá. A comercialização da planta em Portugal está proibida por lei desde 1974. No entanto, há notícia de que já tem sido vista à venda, como decorativa, em lojas de flores. 


Os jacintos de água, originários da bacia do Amazonas, formam tapetes densos à superfície das águas impedindo as plantas aquáticas nativas de receberem a luz solar. Afetam os recursos de água para consumo doméstico, alteram a temperatura da água, baixam os níveis de oxigenação com reflexos também na saúde e vida dos peixes, impedem o escoamento favorecendo as inundações, facilitam a proliferação de mosquitos. 

Dispensam a terra para o seu desenvolvimento. Encontram-no nas substâncias orgânicas presentes na água. São plantas herbáceas flutuantes, de longas raízes em cabeleira. Os caules são estoloníferos que em desenvolvimento formam rapidamente novas plantas. As folhas são espessas e largas, ovóides na forma, de um verde-escuro brilhante e mostram-se num pecíolo inchado formado por um tecido esponjoso que lhes faculta a capacidade da flutuação. 


Grandes flores hermafroditas de seis tépalas semelhantes a pétalas, ovadas a oblongas. A tépala cimeira apresenta-se de amarelo ao centro rodeado por tons de azul pálido, raiados a violeta. 

Um exemplo de cuidado: o município de Águeda  tomou a peito o controlo dos jacintos da lindíssima Pateira de Fermentelos usando uma ceifeira aquática, já baptizada "Pato de Água" e que flutua desde os 35 cm de água. Controlo que não a eliminação total ...

terça-feira, 25 de setembro de 2018

ASTILBE "FANAL" (x arendsii)


Proveniente de zonas húmidas do sudeste asiático, esta planta requer a proximidade da água ao nível das raízes. As folhas, finamente recortadas, são de belo efeito. Mas naquele mês de Julho em que as fotografei, o destaque ia para os cachos vermelhos das minúsculas flores organizadas em panículas. 


O verão é curto.  Ainda no outono e com os primeiros frios, as folhas irão amarelecer. É, porém, uma planta vivaz, rizomatosa, e a expectativa é a de que permaneça no jardim por muitos anos com o cuidado de se proceder à divisão dos tufos de três em três. De outro modo a planta perderá viço e diminuirá a produção de flores. Quando a água das chuvas não abunda, importa regar a astilbe em profundidade, não bastando a rega a crivo, lança de rega, pistola ou aspersores. A turfa, disponível em abundância por estas paragens, dá uma ajuda complementar quando falta a água das chuvas. 


Ao fundo junto à parede e em verde-escuro, o alecrim e o tubo de descarga da água das chuvas. Este canto é de meia sombra, já que a exposição total ao sol desmaiaria as cores. Ora, o tão esperado verão celebra-se com cores quentes, bem vivas. Mas, quem suspirar por tons menos chamativos mas ainda assim gloriosos, pode ainda encontrar noutras variedades de astilbe, o branco, o amarelo-creme, os tons de malva ou rosa. A escolher!

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

CAMINHADAS de VERÃO


Tendo em conta a forma física particular deste caminhante, prefiro as caminhadas fáceis ou moderadas. Calçado leve e apropriado, algumas provisões,  água incluída, o chapéu de sol e, sendo caso disso, protecção para a chuva. Se não aceitarmos  o risco normal destas paragens de apanhar alguma chuva passaremos o dia dentro de portas. Diferentemente o anúncio de tempestades deve ser respeitado. Caminhar à chuva, por muito bom que seja o equipamento de protecção - há que assumir -, traz sempre algum desconforto sobretudo se não se tem experiência bastante. 


Também prefiro os declives suaves às altas altitudes. Uma boa sugestão: trilhos sinuosos em parques arborizados de grandes áreas quase sempre com belos jardins, permitem percursos maiores sem nos afastarmos demasiado da entrada.


Em contrapartida, há sempre  colinas ou outeiros de horizontes largos, dispondo de trilhos ladeados de pastagens espontâneas ou cultivadas com a vantagem comparativa de menor trânsito de caminhantes e... mais arejados. 

domingo, 26 de agosto de 2018

O JARDIM do PONTO de VISTA dos PELUDOS da CASA



Na época do frio, dias mais curtos, menos luz, a pelagem cresce.  Aliás, começa a crescer logo no outono. Um poderoso isolante térmico. Não chega, porém. Aproveitam a menor réstia de sol para se aquecerem nos meses frios e, no verão, nada como uma boa soneca à sombra das árvores ou arbustos onde ninguém nem nada os incomode. 


A partir da primavera a pelagem torna-se menos densa. O gato usa a língua como ferramenta e daí os muitos   rolos de pelo que acaba engolindo e tenta depois regurgitar. Acima, à esquerda a mesma gata da primeira foto, já com a fatiota de verão. No canto oposto o gato "Tigre" cuida do pelo. Neste, a  altura e densidade do pelo pouco se alteram durante o ano.


A curiosidade é, no entanto, superior aos cuidados da higiene e da beleza. Ao menor sinal de alerta, movimento das aves ou dos insectos alados, a intrusão de outros felinos,   interrompem-nos  sem hesitação: sobrepõe-se-lhes gosto pela defesa do (seu) território.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

DO INTERIOR COMO JARDIM


Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não
morresse.


E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de 
seus dedos magros e o meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Às vezes um galo canta.
Às vezes um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.


E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessa pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

CECILIA MEIRELES, A Arte de ser feliz.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

ADENIUM OBESUM (ROSA-do-DESERTO, DESERT ROSE PLANT)


 Planta suculenta particularmente resistente à secura, o Adenium  ainda sem folhas, está em flor na primeira parte da estação seca, continuando florido até ao início do outono. A flor tem semelhança  com a do oleandro. No seu meio natural é uma pequena árvore ou um largo arbusto, podendo alcançar os 4 metros de altura. A base do tronco é arredondada, semelhante à do embondeiro e serve para acumular reservas de água. As folhas são espessas, brilhantes, verde cinza. Pode ser encontrada na região subsariana e na zona oriental de África, bem como na Ásia.


Aqui, em miniatura na forma de arbusto, ocupando um espaço apertado, podendo viver muitos anos dentro de casa em local bem iluminado onde a temperatura não desça abaixo dos dez graus centígrados. Não suporta o excesso de rega. 


Na foto acima, uma árvore frondosa no seu meio natural exposta a um sol directo e uma temperatura a rondar os 40 graus centígrados. A planta é tóxica. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

LUNARIA ANNUA


Tenho Fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.


(...)
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles, Flor de Poemas, Lua Adversa, Vaga Música, companhia josé aguilar editora, Biblioteca Manancial, 2ª edição, Rio de Janeiro, 1972, pág. 95.

domingo, 29 de julho de 2018

NENÚFAR ( WATER LILY)


Magníficas, mas efémeras! A flor do nenúfar, com 25 ou mais pétalas, permanece luxuriante durante 3 a 5 dias, aberta durante o dia e fechada à noite, após o que o caule flecte e a flor, já sem viço, mergulha.  


No primeiro dia, a flor produz perfumes que atraem os insectos em busca do néctar açucarado. No segundo e terceiro dias produz pólen. As sementes irão amadurecer dentro do ovário após o mergulho forçado. Finalmente dispersar-se-ão, arrastadas pela corrente. Flores efémeras, flores eternas...

segunda-feira, 23 de julho de 2018

ARECA CATECHU (PALMEIRA CATECHU, BETEL NUT PALM)


 A palmeira catechu está muito difundida  em ambientes tropicais permanentemente húmidos do sul da Ásia. São regadas onde as chuvas não são regularmente distribuídas ao longo do ano. O tronco é singular, muito elegante, coroado por uma copa vistosa de 8 a 12 lançamentos arqueados. 


Pode alcançar entre os 20 e os 30 metros de altura e os 25 a 40 cm de secção. As flores são unissexuais mas em cada inflorescência podem encontrar-se flores macho e flores fêmea. Os frutos são drupas fibrosas.  


Em várias regiões da Ásia, o consumo das sementes faz parte da cultura e tradição  dos povos. No entanto, cria dependência e, qualquer que seja a quantidade usada, representa sempre um grave risco para a saúde.  Na foto: no passeio de uma rua, algures no Vietname, um exemplar usado como árvore decorativa. Uma beleza sem dúvida conseguida, insinuante quanto baste, mas apenas para contemplar.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

RHYNCHOPHORUS FERRUGINEUS: uma cambada vil.


Com origem nos climas tropicais da Ásia e Oceânia, eis o escaravelho que está a destruir as palmeiras e de modo particular a palmeira tamareira (Phoenix dactylifera), a Palmeira-de-Leque (Washingtonia filifera) ou a Palmeira-das-Canárias (Phoenix canariensis). Na foto, um exemplar passeia-se junto a mais uma vítima do seu apetite voraz.


Chega-se a ouvir o som das mandíbulas destes insectos triturando o gomo apical das palmeiras, no mais íntimo e resguardado da planta. Mas, nessa altura, denunciando já sem remédio a sua presença.


E, então, não há tratamento fitossanitário que valha. Resta cortar rapidamente a árvore e queimar, triturar ou enterrar  profundamente todo o material vegetal resultante, de modo a destruir insectos adultos, larvas   e casulos que de outro modo continuarão a alastrar por  palmeiras que restam. Na foto um dos vilões abrindo caminho para o interior da árvore. Mas que cambada!

terça-feira, 10 de julho de 2018

LEUCOPHYTA BROWNII (CUSHION BUSH)


Adveio ao jardim  por compra no ano passado  a um grossista de plantas e árvores ornamentais. Passou bem o inverno no vaso colocado por debaixo da tangerineira, mantendo a folhagem. Espera-se que continue adaptada. 


Folhas minúsculas de forma linear e inseridas como escamas, bem encostadas aos caules, umas e outros cobertos por uma espécie de cera a branco prateado e cinza.



Um emaranhado denso de caules derivando em ramificações, uma fina rede que no todo denso ganha uma forma arredondada. A planta poderá crescer até formar um arbusto-anão.


No cimo das brotações as inflorescências globulares agrupando flores minúsculas em capítulo, nos tons ainda de branco prateado na fase de botão e posteriormente também com toques de amarelo dourado. Dá-se bem em zonas costeiras, tolerando ventos e brisas salgadas. São-lhe favoráveis os solos arenosos. Suporta mal o excesso de água durante o período de instalação. Multiplicação por semente e por estaca. Flores e caules são interessantes para compor um  arranjo floral contrastando com outros tipos de caules e flores mais vistosos. 

quarta-feira, 4 de julho de 2018

CAMINHAR



Caminhar na montanha poderá representar um exercício físico de grande exigência. É, porém, controlável.


Há itinerários adequados a um exercício moderado e que, afinal, resultam em efeitos semelhantes para a saúde.


As caminhadas interessam sobretudo a quem ama a natureza e busca a boa forma, o quebrar de rotinas, o tonificar do humor. Praia? Nem sempre, nem nunca!