sábado, 31 de março de 2012

HYACINTHOIDES HISPANICA (JACINTO-DOS-CAMPOS) )


Esta bulbosa, dada como natural da península ibérica, floresce no início da primavera. Aqui no jardim, as flores surgiram apenas nesta semana.


Trata-se de uma herbácea perene que mantemos à sombra fresca. Para os multiplicar enterramos os bolbos que separámos uns dos outros logo após o termo da floração, a uns vinte centímetros de profundidade. Cobrimos com boa terra vegetal e deixamo-los tranquilos em período de dormência até que no final do inverno as folhas emergem do longo sono e crescem pacientemente até surgirem as magníficas flores. Esta variedade não é perfumada.


Quer este jacinto-dos-campos ou jacinto-selvagem quer o jacinto cultivado (Hyacinthus) são hyacinthaceae. Este ano dei larga notícia dos nossos jacintos (Hyacinthus). Aquele nasce espontâneamente nos matos, matagais e taludes frescos. Como é uma planta decorativa está já espalhada pela Europa e em alguns casos é considerada infestante.


Normalmente a flor do jacinto-dos-campos é de um azul mais pálido e raramente branco. Os nossos são de um azul mais vivo e às vezes surgem também leves tons lilás de mistura com o azul. Como se vê as flores apresentam-se dispostas em cachos e são tubulosas e campanuladas.

Fotos de 27 de Março de 2012, no jardim.

sexta-feira, 30 de março de 2012

ESCHSCHOLZIA (PAPOILA DA CALIFÓRNIA) III


Já este mês mostrei fotografias das papoilas da Califórnia. Mas não resisto a voltar ao tema uma vez que nesta altura são as flores mais vistosas e contrastam com a cor violeta da maior parte das demais plantas em floração. E também para mostrar alguns dos seus  aspectos menos conhecidos.


São fotos tiradas a meio da manhã. Como é sabido a papoila cerra a pestana ao fim do dia. De manhã vai abrindo paulatinamente. E na página inferior da corola surge um tom mais amarelado ou mais avermelhado.


Após a fecundação e sempre bela e exótica. 


E a despertar ainda de touquinha ...

Valeu a pena? Fotos de 27 de março, no jardim.

quinta-feira, 29 de março de 2012

BATATA, 1ª SEMENTEIRA EM TÚNEL BAIXO


Em 30 de Janeiro de 2012 dei início ao um pequeno ensaio de plantação de batata em túnel de plástico. Pretendo saber da viabilidade duma plantação em pleno inverno sem ter de investir muito dinheiro numa estufa. Já tentara plantar ao abrigo das laranjeiras mas sem sucesso (e também sem vantagem para os citrinos...). Também estou a usar agora os túneis de plástico para a cultura das alfaces e para várias sementeiras: tomate, cebolo, rúcula, flores de jardim.
Passados cinquenta e sete dias não dou conta de doenças ou pragas. Nomeadamente, nem míldio, nem escaravelho. Os túneis resistiram bem ás noites e madrugadas ventosas exactamente por serem baixos.
Ao fim do dia cubro. De manhã, conforme o tempo mais ou menos ameno, assim escolho a hora para destapar. Se for caso de chuva (o que tem sido tão raro...) não destapo para não deixar molhar as folhas. Rego com um regador, pois são bem poucos os pés. Não dou descanso às infestantes. Em tempo foi feita a amontoa. De tempos a tempos aplico a calda bordalesa.
Os túneis aligeirados são basicamente compostos por arcos em verguinha de ferro, usado nas obras e plástico branco, adquirido na cooperativa que é próprio para estufas. Claro que estou cheio de curiosidade em conhecer os resultados finais. Quanto ao batatal mais a sério - segunda sementeira do ano - foi plantado há cerca de uma semana e ainda não brotou. Dada a seca (a terra está em pó!) vou polvinhando os canteiros à mangueira para facilitar a nascença. Há que aguardar.

quarta-feira, 28 de março de 2012

LARANJEIRAS INÍCIO DA FLORAÇÃO


Os citrinos iniciaram a floração e a produção de novas folhas.


Durante a floração os frutos velhos irão perdendo qualidade: os frutos ficam moles, diminuem de peso e o bom sabor não é mais o mesmo. Para a árvore era melhor que não tivesse já frutos velhos. Mas como ainda se poderão fazer bons sumos por muito mais tempo...


Agora é preciso acompanhar os citrinos ainda com mais atenção. Durante a floração não se devem fazer sulfatações. Mas quando os frutos atingirem dois a três centímetros de diâmetro pulverizarei com óleo de verão. Aqui há quem pulverize com calda bordalesa logo que do o fruto atinja o tamanho de um grão de chumbo por entenderem que a calda é compatível com a cultura biológica. Será bem? Entretanto deveremos aplicar armadilhas para capturar a mosca. Tenho uns recipientes de plástico cuja tampa é furada para a entrada dos insectos e que se pendura em cada árvore. Uso nela um líquido armadilha que comprei na cooperativa e que é infelizmente muito caro. Mas há quem use com sucesso o velho método da infusão de barbatanas de bacalhau seco. No caso de aparecer o pulgão e formiga convém colocar uma cinta própria no tronco principal que impeça a movimentação das formigas. Também há quem aplique massa consistente em toda a volta do tronco... Nada como experimentar!

Fotos Malema de 21 de Março de 2012 dos citrinos de D. Lurdes.

terça-feira, 27 de março de 2012

DISOCACTUS FLAGELLIFORMIS (CACTO-RABO-DE-RATO)


Também designado por APOROCACTUS FLAGELLIFORMIS este cacto floriu agora com os seus belos tubos carmesins e após uma longa fase de botão.


A foto acima é de 24 de Janeiro de 2012. Podem ver-se dois pontinhos vermelhos que passados mais de dois meses haverão de resolver-se em flores.

A reprodução faz-se pelo seccionamento de um caule - a efectuar no início do verão - que se deixa secar durante uns dias, podendo plantar-se quando começar a cicatrizar.



Este cacto está abrigado sob o telheiro da cozinha pois não suporta geadas. Ainda assim não passa o inverno sem agravos de que na primavera começa a recuperar. Não recebe sol directo. Os caules pendentes podem atingir cerca de um metro e oitenta de comprimento. Por isso há que escolher vaso ou cesto suspenso. Mas não convém que cresçam demasiado: não esquecer aqueles tufos de espinhos acastanhados!

Fotos: a última é de hoje; a 1ª e a 3ª são de 25 de março.

segunda-feira, 26 de março de 2012

CYDONIA OBLONGA (MARMELEIRO, início da floração)


Nos meus tempos de criança os marmeleiros que conhecia eram, geralmente, arbustos de muitos pés que cresciam de modo desordenado e que serviam de sebe a delimitar algumas terras.


Não deixavam por isso de dar bons frutos, maiores ou mais pequenos, que serviam perfeitamente o objectivo final que era  o de servir de base às marmeladas.


Em número menor eram os marmeleiros-árvore de um só pé. Os frutos eram maiores e talvez mais saborosos.


Mais recentemente surgiu uma variedade chamada gamboa. Os frutos são menos angulosos do que os do marmeleiro tradicional, mais arredondados e mais macios. As fotos de hoje pertencem a gamboas.


Pois os nossos marmeleiros estão no início da floração. Esta árvore tem tendência para frutificar nas pontas. Carece pois de uma poda que as rebaixe. Estas árvores têm tendência para formar grandes touceiras. Daí que tenham de ser controladas através das podas. Este ano limitei-me a retirar as hastes partidas pelo vento e secas pois apresentam já grandes marcas das muitas podas anteriores. Há que as deixar descansar. De resto, sobram sempre os frutos que mais ninguém quer. Quando estiverem em floração plena, faremos novas fotos.

Fotografias do dia 25 de Março, no quintal.

domingo, 25 de março de 2012

IRIS (LÍRIO AMARELO)


... e faltava o íris amarelo. E se disser que em toda a linha deste muro há muitíssimas plantas rizomadas e bolbos (crocus, jacintos, narcisos, túlipas) e que a maior parte ainda não abriu (falta de chuvas?) Como também na mesma linha dos íris azuis de dezembro, ao longo de parede e muro ...


Sim, cada variedade, ainda que plantada na mesma data, sensivelmente com o mesmo solo, no mesmo microclima, tem o seu tempo próprio. 


Na área de fronteira jardim/quintal temos os tradicionalmente chamados lírios roxos. Botanicamente nada têm a ver com lírios em sentido próprio (pertencem à família das iridáceas e não à das liliáceas) mas é assim por esse nome comum que toda a gente os conhece. Pois ainda estão na fase de desenvolvimento das folhas.

Afinal, há iridáceas para todo o ano. Mas, entre nós, não pode haver final de inverno - início de primavera sem estas belas flores.

sábado, 24 de março de 2012

MATTHIOLA INCANA (GOIVEIRO) II


No passado dia um publiquei as fotos das flores do goiveiro em botão. Prometi voltar com o goiveiro quando estivesse na plena floração. Ei-lo!


Registo que no caso deste pé os tons deste ano não são exactamente os do ano passado. É normal nos híbridos o regresso progressivo aos tons base passando pela combinação de vários matizes.


Ainda bem que é assim pois estão lindíssimos. Temos outros nos tons clássicos isto é com clara dominância dos tons em roxo e sem matizados.


Este ano está a ser muito propício aos goiveiros. No ano passado foram fortemente atacados por uma variedade de piolho de tal ordem que alguns morreram e os que sobreviveram ficaram com muito mau aspecto. Fiquei muito surpreendido pois nunca vira ou ouvira falar de tais pragas nesta planta. Mas tal como em anos anteriores nada fiz este ano para prevenir novo ataque. Se é que existe algum procedimento recomendável. E no entanto, este ano, é o que se vê!

sexta-feira, 23 de março de 2012

IRIS (LÍRIO BRANCO)


No final do ano passado e na primeira quinzena de janeiro de 2012 mostrei fotos de íris de flores azuis.


Agora estão a iniciar a floração os íris brancos e os amarelos. Hoje temos os brancos. Como se vê, em tudo são identicos entre si excepto na cor das flores.


E há muitas outras plantas rizomadas que a par com os bolbos estão agora a desenvolverem-se aceleradamente com este sol de primavera. Há mais tempo de sol e os raios incidem mais verticalmente. As noites são agora mais amenas.


Os azuis duraram várias semanas, não obstante o frio. Veremos como se vão comportar estes íris brancos.

quinta-feira, 22 de março de 2012

PRAGAS DILEMAS PIOLHO DA FAVEIRA


Fava ou faveira (Vicia Faba) é uma leguminosa anual facílima de cultivar e rica em proteína e hidratos de carbono.  Para além disso também não é desprezível o seu contributo no enriquecimento dos solos pela capacidade de fixar o azoto com a ajuda das bactérias que com ela vivem em simbiose.


Embora o gosto agradável da fava verde não seja universalmente apreciada, continuo a semear os meus pequenos favais. O mais adiantado nasceu em cima do composto onde depositei a rama dos favais do ano passado. Há sempre umas quantas sementes que a acompanham. Não obstante o frio adaptaram-se bem quando as transplantei, coisa que não lembra ao mais sisudo...


Nos canteiros novos algumas faveiras só agora começam a florir. Mas nas primeiras a floração está completa. Inevitavelmente, estou já confrontado com o piolho-negro-da-faveira (Alphis fabae), como se vê na segunda das fotos ontem tirada. As extremidades das plantas estão derrubadas com inúmeras colónias. 


Por aqui faz-se uso quase universal de um insecticida muito conhecido cuja substância activa é a deltametrina. Mas este ano há tantas joaninhas no quintal que temo que sejam também eliminadas com os piolhos. Resta-me cortar as pontas tenras destas faveiras que são o pasto do piolho e destruí-las conjuntamente com a praga. Não será o mais saudável para a planta. Mas é o que farei!

quarta-feira, 21 de março de 2012

AZÁLEAS


Está provado que a azálea não se adapta bem ao solo do nosso jardim. O mesmo se poderá dizer do rododendro, familiar muito próximo da azálea. Estão cá há anos e pouco cresceram. E parece-me que as geadas não explicam tudo.
Presença de calcário no solo e nas águas de rega?
Solo pobre em nutrientes?
Má escolha das variedades? As nossas, compradas em diferentes ocasiões em sítios diferentes são de folha caduca e começaram agora a florir, sendo a mais adiantada de todas e com mais belas flores a que não recebe luz directa do sol. Este ano vou fazer-lhes o empalhamento do solo (de preferência com agulhas de pinheiro) tendo em vista reter melhor a humidade do solo por mais tempo, influenciar a temperatura do solo e prevenir as infestantes) e trazer-lhes algum composto de folhas. Recolhi a informação de que a azálea prefere os solos bem drenados e não gosta dos "pés molhados". Ora, parece-me que as temos vindo a regar em excesso...

terça-feira, 20 de março de 2012

ESCHSCHOLZIA (PAPOILA DA CALIFÓRNIA) II


Imagem de uma papoila da Califórnia, na manhã geada de 10 de fevereiro de 2012, no jardim.
Outra em 22 de dezembro de 2011. Mas tenho visto muito piores efeitos de geadas nestas papoilas da Califórnia: derretidas, como dizemos por aqui!
Então não é um milagre que sobrevivam para nos oferecer tão belas flores? Aparentemente tão frágeis que se cortam à unha, têm manifestamente uma capacidade de sobrevivência (e de reprodução) invulgar.
Todas estas flores e mais de uma dezena de outras surgiram ontem, dia 19 de março e são as primeiras papoilas da Califórnia do ano.
A papoila da Califórnia continuará a dar flores amarelas, vermelhas, brancas até outubro, sem exigir nenhum cuidado em especial. Na Califórnia são invasivas...
Nos próximos dias os inúmeros botões visíveis desde há cerca de uma semana, continuarão a abrir.