domingo, 15 de junho de 2014

KALANCHOE KEWENSIS


As suculentas estão adaptadas a ambientes secos e como tal é suposto passarem incólumes os rigores da canícula como os que vimos atravessando.  Mas, ainda assim, é notória a diferença entre o estar algures entre calhaus, entregue a si própria e o ser objecto dos cuidados de uma "dona" que lhe compense os efeitos das oscilações estremas do tempo. É olhar.


Claro que a super-protecção não vai sem inconvenientes. E uma coisa será uma implantação desde o início em solo livre e outra o viver envasada, sujeita a excesso de mimos como ter de beber ou comer quando não lhe apetece. De facto, nem sempre ocorre prevenir a asfixia com uma boa drenagem dos vasos e é difícil acertar no doseamento de regas e adubações. E, na dúvida, os jardineiros têm reflexos do tipo dos daquele falado escuteiro que queria forçar a velhinha a atravessar a passadeira..., aplicação clara do infalível princípio "antes sobre do que falte" ou "antes faça mal do que se estrague". 


Não é manifestamente o caso destas plantas confiadas à guarda da nossa vizinha e amiga L.M.  Repare-se na forma invulgar das folhas a partir dos caules: dir-se-iam costelas.


O revestimento de cera que as protege dos excessos de exposição à radiação solar não ofusca em nada o seu poder de sedução. Já aqui trouxemos outros calancois diferentes entre si (K. blossfeldiana, K. pumila, K. tubiflora) mas, convenhamos, nenhum tão atraente como este K. kewensis. Concorda? 

Fotos de ontem em jardim particular no coração da aldeia.

Sem comentários:

Enviar um comentário