No sítio mais improvável para viver - o chão da eira - nasceram alguns pés de luzerna-preta. A superfície da eira é, toda ela, um fino reticulado aberto no cimento à força do malho em décadas de debulhas mas, sobretudo, pela subtil acção das variações térmicas que implicam movimentos de dilatação e contracção. Não espanta se nos depararmos aqui ou ali com fissuras. Uma coisa é certa: a mais ínfima não ficará nunca desabitada e a procura é desmedidamente superior à oferta.
Na primeira foto, para poder dar uma vista geral, foi seleccionada uma planta que se desenvolve em 2 caules que terão, cada um, cerca de 30 a 40 cm de comprimento. No entanto, o mais comum são plantas de caules primeiramente prostrados, depois elevando-se até uns 30 cm e algumas ramificações formando um pequeno tufo.
Inflorescências em cachos axilares, arredondadas, flores de 2 a 3 mm, com 5 pétalas em amarelo (2ª foto). Após a floração a corola cai e deixa à vista as vagens (na foto acima ainda em verde - fase de formação).
Folhas de longo pecíolo, compostas de 3 folíolos ovais - o do meio com um caule mais longo e os laterais desenvolvem-se colados ao caule. Aqui na foto, as vagens na maior parte, estão maduras.
As vagens mostram-se curvadas em espiral e têm 3 a 5 mm. São achatadas e em forma de rim. Começam por ser verdes e, quando maduras, tornam-se negras. Cada vagem contém 1 fruto.
Multiplicação da planta por sementes.
Fotos de ontem, na eira do quintal.
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