A portulaca passa bem sem as nossas convenções. A abertura total das pétalas ao sol de um dia limpo de nuvens obedece a um relógio interno muito próprio. Por isso não nos admiremos que num sítios lhe chamem "onze-horas" e noutros "dez-horas". E, claro, independentemente da hora oficial se surgirem nuvens a tapar o sol a flor diz "boa-noite", corre a pestana e... recolhe a penates.
A portulaca já visitou o portal na forma de pétalas simples, muito finas e sedosas (dezembro de 2012). Hoje são as dobradas que alguns associam à disposição própria das rosas. De comum, o à vontade com solos secos e bem expostos ao sol. Em todo o caso, regas a tempo garantem mais ricas florações.
Não tanto a flor mas os caules, próprios das suculentas, evidenciam o parentesco com as conhecidas beldroegas. Ambas pertencem à família das portuláceas. Atenção, ao contrário das beldroegas usadas na culinária, os caules e folhas das onze-horas não são comestíveis.
Fotos-gentileza de JM, 2013, sudeste da Ásia. Obrigado, bjnhs.
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