segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PISTACIA TEREBINTHUS, (TEREBINTO, CORNALHEIRA, CORNICABRA, PISTACHIER TÉRÉBINTE)


Pequena árvore ou arbusto originário do Médio Oriente de tronco acinzentado, brota em solos pobres entre penhascos com alguma humidade e assim resiste à seca estival nas serranias de Portugal e de Espanha. Prefere a exposição ao sol e aguenta bem os frios e geadas de inverno. As pequenas flores em tom avermelhado surgem na primavera e organizam-se em cacho (panículas). 


O que vemos na foto não é um fruto mas uma galha (de cerca de 20 cm de comprimento) que é a mutação operada pela planta em resposta à picada de um pulgão que nela abriga os ovos, processo semelhante ao que tem lugar  nos sobreiros, azinheiras e carvalhos dando lugar aos conhecidos bugalhos.


Os frutos são drupas de forma ovóide e do tamanho de ervilhas. São alimento para alguns pássaros que retribuem distribuindo as sementes pelo solo. A planta é dióica: facilita a multiplicação a existência nas proximidades de exemplares de um e outro sexo. O odor muito característico das folhas, frutos e caules do terebinto não convida a aproximação do gado o que de algum modo a preserva da voracidade dos rebanhos. 


Folhas alternas, compostas de 9 folíolos de cor verde, duros, com nervuras acentuadas. A folha é caduca. No outono a folha torna-se de cor amarela ou vermelha. 


A madeira do terebinto é dura e muito apreciada pelos entalhadores. É ainda usada em cabos de canivetes. Em arbusto liberta uma resina que tem várias aplicações quer medicinais quer na indústria química, nomeadamente em diluentes. A essência de terebentina era feita com a seiva da planta.

Do verdadeiro terebinto - pistacia vera - saem frutos comestíveis, pequenas amêndoas que se levam a torrar, usadas como condimento na cozinha ou na composição de bolos.

Fotos de setembro nas montanhas do mediterrâneo ocidental(província de Alicante - nos 586 m)




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