O talude que limita o aterro por onde circula a linha do caminho de ferro funciona como um dique. Em anos em que as águas transbordam as margens do rio e das ribeiras, chegando a alcançar o lado poente do apeadeiro, é certo que pelos meados de Março as miríades de sementes com os nutrientes depositados, a frescura do solo e o natural aumento da temperatura resultam numa explosão de verde que cobre novamente a Ribeira.
A angélica é uma típica presença vegetal bem adaptada a este ambiente. Da família das Apiáceas (Umbelíferas) é uma planta alta, erecta, de caule robusto e verde por vezes com traços violáceos, grandes folhas compostas de folíolos verdes, dentados.
Folhagem de aroma agradável.
Flores de 5 pétalas arredondadas e 5 estames, em umbelas compostas nas cores branca-verde e verde- amarelada, muito ricas em néctar e daí muito visitadas por abelhas.
Os frutos são aquénios providos de asas.
Noutras paragens, preparados das raízes, folhas ou frutos entram na composição de licores (ao que parece nos célebres Bénédictine e Chartreuse), gin, vermute e vinhos em geral. Então, à saúde!
Fotos de Março, na Ribeira, a nascente da aldeia.
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