Este ano em Maio, com as temperaturas do ar em subida, os solos da Várzea ainda estavam saturados de água que escorria sem pressa pelas regueiras. O barro cor de cinza aderia impertinentemente aos sapatos, limitando a observação de perto ao que se podia ver dos passeios e taludes.
Ainda assim, que riqueza de espécies vegetais!
As boragináceas estão ali muito bem representadas. Desde as borragens que completaram mais cedo o ciclo de vida até às viperinas, não-me-esqueças e soagem que persistem florindo nesta altura do ano.
No solo recente, perturbado, dos passeios inacabados ou encostadas aos silvados encontramos as Cynoglossum creticum, herbáceas floridas de caule robusto, erecto com cerca de 80 cm de altura e folhas alternas, acinzentadas, revestidas de pelos. Flores primeiramente rosadas, depois em azul-claro com veias reticuladas mais escuras em violeta ou púrpura de 5 sépalas, 5 pétalas arredondadas, corola afunilada, soldadas e 5 estames. A planta não é muito abundante nem as flores vistosas. Mas sobremaneira delicadas na forma, cores e textura, merecem sem dúvida que nelas demoremos a atenção.
Fotos de Maio, na Várzea, limite da aldeia.
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