sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

POLYGALA MYRTIFOLIA OU POLYGALA DALMAISIANA (POLÍGALA)


Originária da África do Sul, a polígala da família polygalaceae forma um espesso arbusto perene, de folhas persistentes, verde-escuras, ovaladas a elípticas, com cerca de 5 cm, semelhantes à folha da murta. A planta pode alcançar entre 0,50 e 1,50 m de altura.
 
A denominação latina, provinda do grego, significa abundância de leite e remete para a convicção dos criadores de gado de que a ingestão da planta pelos rebanhos induziria uma maior produção de leite.


Num primeiro relance, as flores da polígala parecem ter semelhanças com as da ervilheira, um legume entre nós muito comum da família  das fabaceae mas, na realidade, são bem diferentes. Mostram de facto duas asas (sépalas) bem abertas e uma quilha, mas não têm a pétala estandarte da ervilheira. E, caracteristicamente, exibem um vistoso penacho na quilha. Surgem entre março e outubro e estão organizadas em cachos ou rácimos simples, terminais, de cor violeta-magenta.

A flor tem 5 sépalas desiguais, sendo 3 pequenas e 2 grandes de finas nervuras em forma de asas. Estas, encostadas uma à outra, encerram em tamanho menor, as pétalas, estames (órgãos masculinos) e pistilo (órgãos femininos).  As pétalas estão soldadas em tubo. No plano inferior dispõem-se franjas finas donde surgem o alto do gineceu e o conjunto de 8 estames bífidos e muito destacados.
 
Nesta altura é fácil encontrá-las nos revendedores até dez euros por planta.  Exagerado preço, sim, pois é de fácil multiplicação. Dá-se particularmente bem no litoral. Mas adapta-se facilmente a qualquer solo em zonas temperadas. Cuidado com as geadas! 
 
Fotos de junho de 2012, na Barra, Ílhavo.
 
 

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