quarta-feira, 19 de outubro de 2011

PTERIDIUM AQUILINUM (FETO)


No tema anterior, sobre os aspáragos ou espargos dizia que ao contrário do que a forma das suas folhas aparenta, nada têm a ver com fetos. Para comparação, mostram-se fotografias de fetos tiradas ontem. Há muitíssimos anos vivem nas proximidades do poço da horta e à volta do tanque que lhe é adjacente. Por vezes também nascem na face interior do poço forrado a tijolo, com prejuízo para a conservação das paredes. Seguramente que não foram lá plantadas. No passado eram usadas apenas para cobrir as batatas armazenadas, na expectativa (creio que nunca comprovada) que repelissem a devastadora borboleta ou, quando secas, para acender a lareira.


Regressando às lições de biologia: os fetos não dão flores, nem produzem sementes, ensinavam-nos os professores. Os fetos são ptedirófitas, plantas perenes  e vasculares com tecidos especializados para o transporte de água e seiva. O caule subterrâneo cresce horizontalmente. Trata-se de um rizoma.   A multiplicação vegetativa ou assexuada, ocorre por diferenciação e, pois, sem intervenção de gâmetas. Daí que as novas plantas sejam clones da progenitora.    Na face inferior das folhas apresentam órgãos que contêm os esporos. Estes é que dão origem a plantinhas verdes (protalos) com cerca de um centímetro, em forma de coração e de vida curta, que por sua vez produzem gâmetas para dar origem a uma nova planta.


Esta planta é muito perigosa para a saúde e vida dos animais, nomeadamente os bovinos. Em princípio são-lhe indiferentes: só em situações de grande fome a ingerem. Comprovado que o instinto animal supre, em defesa própria, eventuais lacunas do conhecimento dos seus amos e senhores na condição de que lhes forneçam ração farta e a tempo. 

Sem comentários:

Enviar um comentário