sábado, 9 de março de 2013

BELLIS PERENNIS (BONINA, MARGARIDA)


A pequena bonina instalou-se definitivamente no tabuleiro das suculentas que, contra o que é habitual o preferiu ao gramado. Ali não lhe sobra espaço para aumentar a colónia. Em todo o caso o lugar é perfeito. Voltado a nascente recebe os primeiros raios de sol da manhã e está protegida pela parede que a abriga dos ventos das bandas do poente.

De entre as várias asteraceae (compositae) do jardim é a mais persistente na produção de flores, não se circunscrevendo ao verão, a época maior.

A bonina acompanha o movimento do sol. Ao fim do dia corre persianas e dormita.


O disco amarelo ao centro, comum ás compostas, é rodeado por um halo aparente que são, apenas, o sombreado de fundo por intervalos na inserção das pétalas. 

O branco vem raiado de cor de rosa, mais acentuado no círculo da periferia. 
 

As inflorescências, no modo de capítulos, agrupam pequeníssimas flores amarelas tubulares de cinco estames  rodeadas por lígulas brancas, rosadas ou vermelhas, numa cabeça floral que impropriamente chamamos de uma flor. São flores hermafroditas (simultâneamente com órgãos masculinos e femininos) que atraem abelhas e moscas, mas também são auto-polinizáveis.


A flor surge solitária em caules curtos, sem folhas, de secção circular, pubescentes, com cerca de 2 a 10 cm de altura.


Na foto, as folhas basais em forma de colher de dois a cinco centímetros de comprimento.

No plano inferior, ao centro, pode ver-se o botão de nova flor.

A bonina consegue sobreviver a tempos mais duros (e aos cortes dos relvados) graças aos seus rizomas curtos.

 A multiplicação faz-se por sementes que produz a mais de mil por planta e que podem permanecer viáveis no solo durante anos!

Fotos muito ampliadas de fevereiro de 2013, no jardim.

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