quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CHRYSANTHEMUM (CRISÂNTEMO)


Nos cultivos ao ar livre o crisântemo tornou-se uma flor de outono, estação do ano dos dias de luz curtos e nebulosos. O fotoperiodismo é natural.
 
Mas o crisântemo é flor de todo o ano porque, em estufa, é possível dar-lhe artificialmente aquelas luz e obscuridade que induzem quer o crescimento vegetativo quer o floral. 
 
Use-se o crisântemo todo o ano e não apenas no Dia de Todos os Santos. Na Holanda frequentemente, compõem-se os ramos de noiva com crisântemos. Porque não?

 
No contexto dos dias curtos, a completa exposição solar é preferível à sombra de todo o dia. No entanto, as fotos de hoje são de crisântemos cultivados à sombra.
 
O seu êxito relativo, creio eu, relaciona-se com a circunstância destes terem tirado melhor partido das regas por a terra se manter fresca por muito mais tempo. O crisântemo sofre demasiado com as secas, mas também com o encharcamento! A parede contra a qual plantei alguns deles reduz,  em grande parte, os efeitos das chuvas tocadas a vento, normais para a época, e que os desfiguram e derrubam.
 
 
Como se vê, estão agora em plena floração.
 
Uma vez terminada, irei proceder aos cortes dos caules a uns 15 - 20 cm do solo. Aproveito para recolher algumas estacas retiradas das ponteiras que irei plantar em viveiro em local protegido dos ventos e das geadas. Se as geadas apertarem, uso cobri-los com palhagem. Com o tempo e ainda durante o inverno, a palha irá dispersar-se e permitir que surjam os novos rebentos. Quando estes atingirem uns 10 cm poderão também ser usados na multiplicação. Após o enraizamento serão transplantadas para local definitivo.
 
 
Uma regra fundamental é a de dar espaço aos crisântemos. Em princípio os ramos não devem tocar-se nos demais das plantas vizinhas. Como não tenho problemas de espaço, deixo intervalos entre plantas de cerca de 80 cm.
 
Têm tendência a formar grandes touceiras que cedo, na primavera, têm de ser divididas e eliminadas, se desnecessárias. 
 
Para aumentar o tamanho das flores, ainda que em prejuízo do número, convém eliminar alguns dos botões. Também costumo eliminar os rebentos do eixo das folhas, o que permite que a planta se desenvolva mais direita e, portanto, mais equilibrada na sua estrutura.
 
Fotos de ontem, no quintal.  

6 comentários:

  1. Pode me explicar como eu faço estaquia (mudas) de crisantemo? Não estou tendo muita sorte nisso rsrs

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    1. Caro super-homem,
      desculpe só agora estar respondendo.
      Para a multiplicação de crisântemos uso a divisão dos tufos enraizados da base que pode fazer-se logo a seguir ao termo da floração ou em março-abril. Levanta-se a planta do solo ou do vaso e em seguida divide-se o tufo e plantam-se regando e mantendo fresco até pegarem. O sucesso é praticamente total.
      Para estacaria, escolheria, após a floração, um caule que reduziria a 15 ou 20 cm de comprimento, de modo a ficar com não mais que 7 a 8 folhas. Passaria 1 cm da base por água e em seguida poria pó de hormonas de crescimento, disponível no mercado. Em seguida plantaria a 10 cm numa mistura de terra orgânica e areia a proteger bem (por exemplo numa mini-estufa) num ambiente morno e húmido para facilitar o enraizamento.
      Obrigado pela visita. Volte sempre.

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    2. Oi, Vítor. Então você usa o próprio caule para fazer a estaca e não os brotos laterais, certo ?

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    3. Caro Amigo de Deus,
      O que digo é que há 2 métodos de multiplicação de crisântemos: 1 - aquele que efectivamente pratico que é a divisão dos tufos enraizados. Essa operação pratico sempre para a saúde da planta quer aproveite quer não para novas plantações. 2 - o método da estacaria do qual não tenho experiência em crisântemos e que tentei descrever, digamos, em teoria. Pelo método 1 não estou a obter variedades diferentes das que já possuo. Mas quando é o caso, peço e oferecem-me plantinhas obtidas pelo mesmo método. Como deixei perceber o crisântemo é aqui uma planta muito comum.
      Ainda em teoria, ousarei responder à sua pergunta dizendo que por mim, no caso de optar pela estacaria, escolheria não um caule lenhoso mas de preferência um caule tenro, ou, se não dispusesse de escolha, a parte superior de uma haste que se apresente com uma consistência mais herbácea.
      Obrigado pela visita que muito me lisonjeia. Volte sempre. Um abraço, Vítor.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Obrigado pela resposta. Mas só mais um dúvida: Você escreveu que o crisântemo tem touceira. Se ele tem, não seria mais fácil usar isso do que sementes ou estacas?

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