domingo, 15 de abril de 2012

TAPETES DE FLORES, chuva, vento e floração


Tão tarde ... mas finalmente chove. As temperaturas descem. A chuva vem tocada a vento por vezes forte e encontra as sebes de arbustos que lhe oferecem resistência. A velocidade do vento provoca movimentos contínuos dos ramos, folhas e flores com a consequente variação da turbulência. Mas também incrementa o movimento da água em toda a superfície das plantas aumentando-lhes o peso.

Tombam as flores. As pétalas misturam-se e o vento faz com que apresentem combinações variadas e de belo efeito visual. Nestas imagens de cima é pena que só muito a custo se perceba que o efeito final resulta da combinação aleatória de ínfimas pétalas azuis (mal se distinguem na foto mas bem visíveis a olho nu), amarelas (as dominantes) e vermelho-róseo (ainda perceptíveis na foto), respectivamente de Ceanothus Thyrsiflorus, Forsythia e Leptospermum Scoparium que mostrei aqui há poucos dias.

Na foto anterior vêm-se flores de gamboa a aproximarem-se do fim da floração (há quem não as distinga do marmeleiro - Cydonia Oblonga) no solo, limpo de ervas cá pelo rapaz.


Uma outra imagem tirada mais próximo do solo coberto por flores de uma única espécie. Há que registar que chuva e vento na altura da floração e na do vingamento dos frutos facilitam enormemente o desenvolvimento de fungos presentes aos milhões e milhões nas folhas mortas dos anos anteriores e que o vento espalha. Com a chuva estes fungos germinam e penetram na planta dando origem às infecções. Quinze dias depois já poderão ser visíveis os primeiros estragos. Sim, estou muito contente com o regresso da chuva. Nada neste mundo é apenas branco ou preto. Neste jogo multifacetado e em boa parte desconhecido, requere-se uma leitura mais fina dos fenómenos, tentando antecipar o futuro em razão da contribuição de cada factor mais significativo que é preciso conhecer melhor para agir, sem excluir um pano de fundo de esperança. Manifestamente, areia de mais para o carro de mão de um amador curioso.

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