segunda-feira, 29 de agosto de 2011

METROSÍDERO, ÁRVORE DO FOGO


Conheci estas árvores nos idos de sessenta. Nas ilhas mais a ocidente, ainda muito isoladas do resto do mundo, o conjunto da flora exercia num forasteiro atento, um impacto profundo. Florestas de criptomérias tão fechadas que nelas não entrava um raio de luz, de incensos tão cerradas e misteriosas, manchas contínuas de hortênsias, de fetos, tudo isto num verde de vários tons mas muito brilhante. Tinha, por isso,  muitas saudades da envolvente vegetal em que nasci. E era na maior parte do ano a árvore do fogo que vista de longe, me permitia imaginá-la como se fosse oliveira, essa, uma árvore familiar.  De resto esta árvore pertence à mesma família das murtas, arbusto muito mediterrânico. Agora evocam-me aquelas florestas quase virgens. Àrvore ponte.  Por isso, fiquei para sempre ligado à àrvore do fogo.


Esta árvore possivelmente vinda da Nova Zelândia, já hoje está implantada no continente português sobretudo na zona litoral. Mas no meu jardim não consegue sobreviver às fortes geadas do inverno e primavera.


Estas fotos são de ontem na praia da Barra. Os metrosíderos de porte ainda modesto, começam só agora a florir.

Os seus primos das ilhas mais a ocidente floriram em Maio ou Junho. Aí são,  não raro, árvores de grande porte, com as suas raízes aérias pendendo para o mar. Quando floridas são espectaculares. O seu perfume parece ser mais intenso. São muito procuradas pelas abelhas.


Debaixo das copas dos metrosíderos no auge da floração, o chão fica literalmente pintado de vermelho.


Resistem muito bem à sanilidade e ao vento. Podem servir de sebe com bons resultados. Propagam-se bem por sementes.

2 comentários:

  1. Linda planta.
    Gosto de as ver no seu habitat natural.
    Tenho procurado algumas plantas de que gosto mas elas não se adaptam ao meu jardim.

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  2. Olá
    Estranho não resistirem à geada se resistem ao ambiente marítimo...

    Cumprs
    Augusto

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