domingo, 28 de agosto de 2011

bichezas do meu quintal LOUVA-A-DEUS


Já há uns tempos que não via este amigo dos hortelões/jardineiros de ao pé da porta. É um predador nato: pequenas borboletas, moscas e afídios, grilos e  gafanhotos  são os seus alvos predilectos. Mas, quando calha também marcha um amigo da sua própria espécie.


Este exemplar andava ontem, sábado, ao fim da tarde pelo jardim. Antes que os gatos dessem pela sua presença tratámos de o colocar no quintal não sem que antes lhe pedíssemos autorização para as fotos, a que ele vaidoso não se opôs.


O louva-a-deus permanece imóvel por muito tempo, camuflado na folhagem das plantas ou no chão (mimetismo), esperando a aproximação das presas, geralmente insectos voadores e desejando também não ser visto pelos seus inimigos, pássaros e morcegos. Quando se desloca, balouça como as folhas para iludir os seus predadores. As patas dianteiras dotadas de espinhos permanecem unidas para depois funcionarem como pinças que captam vertiginosamente e trazem a presa até às fortíssimas mandíbulas. Os joelhos ficam dobrados, a parte anterior voltada para cima. Os seus olhos conseguem detectar tudo o que gira à sua volta. Não precisa, pois, de óculos. O tórax é alongado. As quatro asas ficam fechadas em leque quando pousa. Usa as patas dianteiras para segurar fortemente as presas. As traseiras são muito fortes e servem para caminhar ou para impulsionar o salto ou o início do voo.


 Quando dois machos se encontram e um não se  retira, há sarilho pela certa. Tomam a posição de guarda dos boxeurs e lutam. O vencido é morto e papado pelo vencedor que a seguir pode dormir uma soneca, bem regalado.
Os machos têm frequentemente um fim trágico durante ou após o acasalamento. A fêmea agarra o pescoço do amado e começa por lhe comer a cabeça. O macho perdeu a cabeça! A fêmea fica com reservas que lhe permitem permanecer camuflada mais tempo até à oclusão dos ovos, sem se arriscar a ser presa dos seus inimigos. As convulsões do macho aliviado da cabeça permitirão a injecção na fêmea de mais sémen. A fêmea deposita numa folha entre 10 a 400 ovos dentro de um recipiente adequado. Enquanto pequenos os louva-a-deus podem ser comidos por formigas.

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