Gramíneas. Oferecem-se à vista por tudo quanto é sítio e, no entanto, passam despercebidas, mero pano de fundo, muitas vezes pisadas sem remorso.
Mas nesta manhã pardacenta e molhada vestiram-se especialmente para nós, irresistíveis, com o seu rico ornamento de pérolas. Impossível ficar indiferente. Pelo caule fino, um trepador dourado faz pausa. Ouve: "Acima, acima, gageiro/ Acima ao tope real!" Não aparenta pressa...
De aspecto simples. No entanto, demasiado complexas, nada fáceis de conhecer por um passante desprevenido.
Que me seja perdoada a ousadia: Polypogon monspeliensis? Ficaria tranquilo se uma alma condescendente quiser estender o conhecimento desta beleza a um não iniciado. Antecipadamente agradeço.
Fotos de Junho de 2014, na vertente ocidental da Serra da Lousã.
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