sexta-feira, 11 de julho de 2014

RUTA CHALEPENSIS L. (ARRUDA, FRINGED RUE, RUE de CHALEP, RUTA d, ALEPPO)


Início de tarde quente, diria mesmo abafada, de Junho, a hora de todo imprópria para andar pelos campos mas sem alternativa porque dependentes de transporte em grupo, estamos na várzea da Quinta da Paiva, no limite de Miranda do Corvo. 


Na berma da rua, entre inúmeras ervas, deparo com uma planta singular em verde acinzentado e amarelado com cerca de 80 cm de altura. A imagem das folhas e da sua disposição está algures na memória. Mas ao contacto com a flor a surpresa é a de um primeiro encontro: 4 sépalas, 4 pétalas e 8 estames (tetrâmera). Até aí não vai a novidade. Noto o enrolamento mas, sobremaneira, o invulgar contorno ciliado das pétalas. Aquelas franjas (mais longas na R. angustifolia) sugerem algo de primitivo. É ainda notável a proeminência do ovário, em posição superior.


Na foto de cima podem ver-se os pedicelos de tamanho sensivelmente igual ao das cápsulas e sem pêlos. Estas dividem-se em 4 lóbulos. Os frutos apresentam um revestimento exterior marcado por pontinhos como nos citrinos, igualmente rutáceas (ver melhor na 1ª foto). 


Folhas compostas de vários folíolos que, por sua vez, se subdividem noutros.

A arruda foi muito utilizada como erva medicinal. Mas de nenhum modo arriscaria a ingestão em qualquer dosagem por mais ligeira. Hoje em dia é usada na produção de óleos essenciais. É preciso cuidado até na manipulação da planta pois tem efeitos irritantes no contacto com a pele. 
Já como planta decorativa a ruta, na variedade graveolens, é usada em bordaduras com outras plantas de flor amarela ou com roseiras.  Gostaria de a experimentar no jardim. Estarei atento.

Sem comentários:

Enviar um comentário