Velhos muros de pedra natural solta ou ligados por argamassa de que apenas são visíveis os estreitos fios de uma tessitura irregular, nunca me deixam indiferente. Com o acumular das finas poeiras, a humidade, a condutibilidade térmica dos materiais, as inevitáveis fendas e o trabalho acumulado de aves, répteis, moluscos, roedores e quejandos e os seus resultados, nomeadamente dejectos, vão-se formando nichos apropriados ao revestimento vegetal.
Já aqui tenho trazido algumas imagens desse revestimento em ambiente tão crítico e até da erva-roberta em particular que, como se vê, continua a seduzir-me.
Aqui uma folha finamente recortada, voltada a nascente. Na foto que antecede muda a cor e a perspectiva. Página superior na de cor verde e inferior na vermelha.
Caules (de secção redonda) e folhas, têm tendência a enrubescer.
Voltando à primeira foto: pedúnculo longo e peludo a suportar as flores cor-de-rosa e branco de 5 pétalas, 5 sépalas livres, ovais, mais curtas do que a corola e 10 estames. Anteras em amarelo. O fruto é uma cápsula a partir de 5 carpelos globosos, soldados, terminando em bico longo.
Com excepção da última (tirada no quintal - muro de calcário) as fotos (Maio de 2014)são de um muro em granito, na Beira-Alta.
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