Curiosa, aplicando toda a capacidade sensitiva. Como os mamíferos em geral, os gatos estão equipados com audição, olfacto, visão, tacto e paladar. Se é legítima a comparação, são mais ou menos dotados sensorialmente do que o homem e com distintos limiares de percepção.
Estímulos iguais são percepcionados diferentemente porque cérebro é o órgão processador dos dados da sensação, que os organiza e lhes dá sentido e não apenas os receptores enquanto captores de estímulos brutos e a rede de neurónios. Abstractamente falando ele há cérebros e redes de neurónios mais sofisticados uns do que outros. Tendo em conta, porem, os padrões de vida que lhes couberam em sorte, jogam partidas diferenciadas para as quais estão adequados. Nesse sentido, são todos mais que perfeitos e incomparáveis.
A evolução dotou-os de recursos sensoriais extra combinados com os demais sentidos: pelos tácteis entre os abundantes pelos, bigodes, sobrancelhas, ponta do nariz, queixo e patas. Tornaram-se assim capazes de aperceber o mais ínfimo movimento ou a vibração mais remota. Possuem ainda um órgão sensorial no palato. Para encaminhar os compostos químicos na direcção certa, levantam a cabeça, recurvam os lábios para cima, enrugam o nariz, entreabrem ligeiramente a boca e inspiram repetidamente.
Quando se torna necessário ministrar-lhe um medicamento por via oral é praticamente inútil misturá-lo ou disfarçá-lo na comida. Mesmo que tenha fome, distingue muito bem uma coisa da outra. Separa-as e se preciso for, cospe a substância que não lhe agrada.
Nas duas últimas fotos, quase em êxtase, com a cauda recurvada para a frente, distendida, posição que esta gata adopta usualmente.
Bom: falar, falar, é fácil. Certo é que todo o exercício exige esforço, queima energias. Para as restaurar a gata toma uma posição bem relaxada (não há crise nem impostos por pagar, a alimentação em dia e muita paz). Ferra o soninho dos justos, quem sabe recapitulando e integrando as boas experiências do dia.
A gata Mimi, dormindo a sesta numa tarde quente de verão.
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