segunda-feira, 17 de junho de 2013

CEREJAS, uma colheita inesperada.


Num ano nada favorável ás fruteiras, surpreende a produção das cerejeiras mais novas. Este solo e a baixa altitude não lhes são nada favoráveis, sobretudo em anos particularmente húmidos como o que decorre. Ainda assim, por agradarem tanto á minha mulher por evocarem a paisagem natural da sua região de origem, as quisemos plantar. Também gosto de as ver sobretudo na época da floração mas, de facto, o esforço que envolve a manutenção não é de nenhum modo compensado pela produção de frutos. 
 
Tal como em anos anteriores, mal pintam, são bandos de descarados estorninhos e melros num vai-vem contínuo, saindo de bico recheado para logo regressarem sôfregos de todo. Impensável cobrir de redes as duas cerejeiras mais velhas. É fartar vilanagem! Mas nas novas, com risco de queda, lá andei escadote acima, escadote abaixo, tentando lançar e segurar as redes  sobre as copas já demasiado altas. Claro que fica sempre uma ou outra abertura por onde se introduzem os mais espertos e audazes da passarada e lá tive de libertar alguns que não encontravam a saída...
 
Tendo em conta a expectativa posso dizer que a safra está a correr bem. E até vai dando para todos (que os pássaros não ouçam isto...) No sábado foi muito agradável ver a satisfação dos amigos que connosco partilharam a mesa ao saborearem não as mais doces, nem as maiores, mas as mais isentas de pesticidas, únicas e impossíveis de encontrar no mercado.
 
Com pouco se contenta o pobre!

Foto de junho de 2013.

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