terça-feira, 29 de outubro de 2013

PASSIFLORA TARMINIANA (MARACUJÁ-BANANA, CURUBA)


Tarde do último domingo de Outubro com sol magnífico, estranhamente quente para a época. Descemos a calçada empedrada em direcção a Santa-Clara-a-Nova, em Coimbra, atentos ás plantas espontâneas que crescem nos velhos muros ou nas bermas já muito desdentadas.


Inesperadamente, numa trepadeira apoiada em rede de vedação vemos lindas e muito vistosas flores em tons leves de cor-de-rosa solitárias e pendentes, algumas totalmente abertas, outras ainda em botão. Aproximamo-nos. Caules cilíndricos. Folhas, alternas, trilobadas. 

Erguemos a flor e contamos dez pétalas totalmente abertas e perpendiculares ao eixo do tubo floral (primeira foto) ou até reflectidas (como na foto que se segue). Na base notam-se as sépalas em verde-pálido que envolvem uma câmara de maior volume(segunda foto). 

Na direcção das pétalas, segue-se  uma coluna central, longo tubo floral esverdeado que sustenta androceu e gineceu e, no seu termo, o ovário com três estigmas (na primeira foto ver ao centro da corola três cabeças em verde claro e branco) e, em volta, em tons de amarelo as cinco anteras carregadas de pólen. 


O muro que a vigorosa trepadeira acompanha, apoiada por gavinhas, vem de um socalco, seis metros mais abaixo, onde foram implantadas casa, jardim e quintal. Surpreende-me que uma planta dos trópicos sobreviva ao clima desta região. Ao que parece, paredes e muro altos e a exposição (nascente, sul) oferecem-lhe um microclima que garante os mínimos. 


Planta das zonas altas tropicais (Bolívia, Colombia, Hawai, Nova Zelândia, Peru, Venezuela) onde se pode tornar nociva em natureza por ser capaz  de se expandir rapidamente abafando a demais vegetação é, no entanto, cultivada em vista do comércio dos frutos que são comestíveis. Aqui a planta é apenas decorativa.  


Em cima a flor antes de abrir. 
A multiplicação faz-se por sementes.

Sem comentários:

Enviar um comentário