segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

SENECIO VULGARIS (TASNEIRINHA, TASNA, CARDO-MORTO)


Abundante nos quintais e prejudicial para as culturas é a tasneirinha. Cresce em campos cultivados pelos quais tem preferência, mas aparece também nos campos incultos e à beira dos caminhos.


No cultivo tradicional pode dar-se-lhe caça no modo usado com as demais invasivas. Convém ter presente que enterrar as infestantes pode contribuir para melhorar os solos mas, estando já em fase de frutificação, pode significar sementeira. As infestantes ainda que da mesma espécie e variedade não surgem ao mesmo tempo. Por isso e porque são muito rápidas a completar o seu ciclo de vida (neste caso três a quatro semanas) é natural que haja sempre grandes quantidades em fase de sementes. Já com o trabalho mecânico dos tractores é mais difícil conter a tasneirinha pelo que geralmente são incluídas como alvo no "tratamento" com herbicidas, com todos os prejuízos para o equilíbrio dos solos. Nos países de avançada agricultura já se usa o controlo biológico da tasneirinha com lagartas da borboleta cinnabar.


Esta planta é anual e está quase sempre em flor. É muito resistente ao frio. As flores são auto-fecundáveis. No entanto hospeda geralmente um tipo de ferrugem que envolve um fungo que a ataca, minando o seu desenvolvimento mas não a matando. Porém, assim possibilita o contágio, tornando-se muito perigoso para a saúde das culturas. Recordo-me por exemplo da minha última cultura de feijão e do ataque da ferrugem que se verificou. Mas, é  evidente que não tenho indícios de que, no caso, a tasneirinha tenha tido influência nesse resultado.

As sementes organizam-se numa espécie de cabeleira que é facilmente empurrada pelo vento mais fraco. Cada planta pode produzir até 1.200 sementes. Com o frio decresce a germinação  até que as temperaturas comecem a subir.


As sementes podem germinar de imediato ou permanecer em dormência por alguns anos e, no fim, ainda são viáveis a mais de 80%. Espantoso!

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