sexta-feira, 6 de maio de 2016

pelo VALE do PAIVA


Uma festa para os sentidos: tanta luz, cor, movimento, sons! Mas, globalmente, o rio é presença olímpica.


Se, por momentos, o perdemos de vista os sons que as encostas nos devolvem ampliados,  manifestam a dinâmica poderosa da corrente caudalosa, atraem-nos continuadamente. Um preço: a atenção demora-se menos com detalhes de outras manifestações também interessantes que terão de ficar - quem sabe? - para um tempo futuro.


Com mais de metade do percurso realizado, o passadiço declina com suavidade enquanto cresce a agitação das águas. A vegetação oferece sombra o quanto baste.


Uma ou outra vez cruzamos com córregos de caudal variado e descontínuo que descem das arribas alcantiladas por sulcos estreitos e profundos, espraiando-se nos últimos metros antes de alcançarem o grande rio. Naturalmente, também por aí a vegetação ribeirinha emerge da aspereza das rochas e acompanha essas linhas de água ora opulentas, ora minguadas, sempre efémeras guardando, mesmo no pico do Estio, aquele mínimo de frescura e humidade que exprime o seu potencial criativo.

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