Pude avistá-las, distantes uma dúzia de metros na orla do matagal, em local húmido e sombrio sobressaindo inconfundíveis, as folhas recurvadas para baixo, as flores agrupadas em inflorescências nos tons entre o cor-de-rosa e o vermelho e amarelo pálido contrastando com o verde dos caules erectos, pubescentes.
Aproximo-me. Reconheço a escrofulária de que há dois anos aqui dei notícia quando a descobri numa várzea em Vila Nova de Poiares. Mas, por aqui, a cerca de quatro quilómetros da aldeia, é novidade para mim.
Trata-se em todo o caso de variedades diferentes. Há notícia de mais de duzentas variedades desta planta.
A escrofulária de hoje, ao contrário da anterior é manifestamente pubescente. Também os caules são menos claramente angulosos e as flores mais arredondadas e de maior volume.
Destaque para dois dos quatro estames férteis e menos distintamente o tubo do estilete e o estigma apoiados na pétala inferior em tons amarelados. No plano superior duas pétalas rosadas elevam-se do plano médio da abertura. As duas pétalas ao centro mostram-se levemente recurvadas para fora e para baixo.
Fruto jovem.
Fotos de ontem, cerca do meio-dia.
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