sábado, 27 de abril de 2013

ARACHNIDA (ARANHAS), bichezas do meu quintal


Algumas vezes lamento não estar munido de câmara fotográfica quando em pleno trabalho da horta sou surpreendido pela presença fugidia de um exemplar da fauna ou de uma qualquer particularidade da flora que gostaria de fixar logo ali em imagens. Mas, de facto, na maior parte das vezes, a presença demorada de materiais tão sofisticados como câmaras fotográficas, por mais resguardadas, é incompatível com vento e poeiras abundantes, pólens, água das regas e quejandos.

 

Também acontece sairmos em missão fotográfica de rotina ou procurando um tema determinado e acabarmos por ser agradavelmente surpreendidos com resultados valiosos totalmente inesperados.
 
Observando a floração dos íris, aconteceu distinguir  a figura imóvel de uma aranha de cor branca com escassas manchas alaranjadas, mal se distinguindo da pétala igualmente muito branca onde assentara em quase perfeito mimetismo, esperando pacientemente pelas presas. 


 Creio tratar-se de um exemplar de thomise misumena vatia, também conhecida por aranha caranguejo, da família thomisidae, pelo seu particular modo de deslocação lateral possibilitado pelos dois pares de patas anteriores maiores que os dois pares posteriores (ao contrário das aranhas com 8, os insectos têm 6 patas apenas e não têm asas nem antenas) 
 
Se bem identifiquei, a fêmea adulta é capaz de mudar de cor para o que carece de tempo: mais do que um dia. Mas ao que apurei, as possibilidades da sua paleta de cores estão limitadas ao branco e ao amarelo e mais raramente a tons de verde. Disfarce de caçadora? Protecção contra predadores? A aranha tem por inimigos as vespas caçadoras e até  pássaros e morcegos.  Por seu lado alimenta-se exclusivamente de presas vivas, sobretudo insectos, que poderão ser maiores do que ela e que paralisa com veneno. 



Até o macho, inferior á fêmea no tamanho, pode tornar-se sua presa. Tem, pois, de ter muito cuidado na aproximação á namorada se não quiser acabar reduzido a um desprezível montículo de restos do exoesqueleto.

Fotos de 21 de abril no jardim.

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