De entre um manto de ervas batidas pelo vento húmido sobressai uma herbácea de tamanho maior, de cerca de um metro e meio de altura. As suas flores dispostas em capítulos, são discretas na cor, entre o rosa e o púrpura mas impõem-se pelas cabeças arredondadas envoltas por brácteas aguçadas que não se deixam tocar. Os estames são púrpura-escuro e os estiletes esbranquiçados. A flor tem alguma semelhança com a do cirsium vulgare mas neste os caules e folhas têm espinhos e as folhas são profundamente lobadas.
São plantas bianuais. No primeiro ano, as folhas formam rosetas basais, enormes, em verde-escuro. No segundo, destaca-se um caule rijo e suas ramificações de folhas progressivamente mais pequenas e menos densas, de forma mais oval, dispostas de modo alternado. Na página inferior, de verde-pálido a cinzento, surgem pelos.
Os invólucros da flor facilitam a ancoragem das sementes seja ao que for que os toquem possibilitando a deslocação a grandes distâncias.
No todo, é uma planta de cor baça, verde-pálida, nada vistosa. Mas a adaptação a um meio tão bravio e elástico como o da costa atlântica é, só por si, um milagre. Como não a admirar!
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