quarta-feira, 15 de junho de 2016

SILENE ARMERIA


Num recanto do jardim,  espaço aberto pelo derrube de uma árvore de grande copa, foram tentados novos arbustos e colocadas plantas envasadas. A melhoria do solo continua sendo uma promessa adiada.  


De ano para ano, sem surpresa, fomos deparando com pequenas herbáceas espontâneas que aproveitam a mudança radical de iluminação solar e do arejamento para se instalar. Agumas nascem no próprio espaço de circulação e apesar de uma ou outra vez pisadas, manifestam uma inesperada capacidade de sobrevivência. Entre elas, a silene armeria que hoje aqui trazemos. 


Desde o meio da Primavera que venho fazendo as necessárias limpezas de infestantes. Mas para não suceder que acabe destruindo uma ou outra planta transplantável de mistura com outras indesejáveis, puxei dos meus melhores recursos em paciência e à mão, sentado no meu banco de madeira, pude recolher uma aqui, outra mais além, replantando-as para formarem um maciço.


Desse modo, tentei uma mancha de cores quentes com plantas adaptadas ao calor e a solos pobres, resistentes à secura. Pelas fotos se pode concluir que alguma coisa se conseguiu. 


No entanto, as flores da silene armeria são igualmente para observar bem de perto. Porque só de muito perto pode ser notada a singularidade da graciosa coroa de estreitas escamas que parte da base das pétalas num movimento curvilíneo que se afasta do centro. Vale a pena demorarmos o olhar. Destaque para os 5 estames que rematam em anteras de cor azul acinzentada. Na foto anterior sobressai o hipanto tubular e a corola vista de perfil.



A planta não resiste aos primeiros  frios. Mas as sementes, simplesmente caídas no solo, resultam quase sempre na  primavera seguinte. Afinal, uma planta fácil e de belo efeito. Que lhes parece? Por aqui iremos continuar apostando na silene.

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