segunda-feira, 15 de julho de 2013

METAMORFOSES DE VERÃO EM TONS OUTONAIS


Na sequência da fecundação, o óvulo transformar-se-á em semente. Esta desenvolver-se-á nua ou protegida pelo fruto, enquanto a flor, cumprida a função, desfalece. Libertada a semente, ela deve perder a maior parte da água que a compõe e secar. Desidratada, estará em condições de suportar uma seca prolongada, talvez sobreviva a um incêndio ou até ás duras condições do inverno.


As condições do meio ambiente são decisivas para uma maturação completa. Entrado o verão, estas herbáceas espontâneas tiram partido do tempo seco. Algumas inflorescências estão já completamente secas e noutras há ainda uma ou outra flor em condições de retribuir as visitas de insectos polinizadores. Mas, pouco a pouco as colorações outonais impõem-se e é bom que as sementes alcancem autonomia em reservas nutricionais, deixando de ser alimentadas pela planta mãe e libertem água até aos seus limites naturais. Libertando-se fisicamente da planta mãe e tornando-se muito mais leves, poderão também dispersar-se.


E, de preferência, antes das chuvas que geralmente acompanham os fins do verão, inícios do outono e, mais raramente, até o início do verão. Há poucas semanas atrás cairam uns breves aguaceiros, os suficientes para a reidratação. Na sequência, pudemos então observar a germinação de não poucas sementes de tremocilha do ano. Como é natural, nenhuma sobreviveu ao calor que se lhe seguiu!


A semente há-de entrar em dormência e poderá permanecer assim na terra por anos, guardando o embrião de uma planta até que os efeitos combinados de muitos factores entre os quais humidade, estímulos luminosos, temperatura e presença de oxigénio, despertem processos metabólicos e, finalmente, façam disparar o alongamento da radícula.
 
Nas fotos, uma variedade de trifolium (trevo) surpreendentemente belo mesmo nesta fase de visível decadência de caules, folhas e flores. 
 
Fotos dos últimos dias de junho de 2013, no quintal.
 

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