domingo, 5 de junho de 2011

SEBES


Há quem diga que o verdadeiro jardim português (haverá jardins verdadeiramente portugueses ?), à maneira moura, há-de garantir preservar a intimidade dos seus cultores. Um jardim perfumado por ervas, arbustos e árvores. Lá têm lugar certo as laranjeiras, o loureiro, o rosmaninho,  a erva cidreira ...  por entre os quais, em veredas largas e arenosas,  passearão sobretudo mulheres. Tudo rodeado por altos muros e sebes de tal modo que estas nunca possam ser vistas do exterior.
O meu modelo de jardim está fora deste padrão.
Mais improvisado, cresce e complica-se em variedades ( e trabalhos). Também tem todas aquelas espécies tradicionais mais as que nos tentaram irresistivelmente nos espaços comerciais. Uma boa parte resulta das infindáveis conversas e trocas amigas com outros cultores de jardins/hortas à porta de casa. Mas é, quero crer, um espaço aberto ao exterior.
Dito isto, não dispenso um ou outro lanço de sebes. Para abrigo das geadas e dos ventos, para separar culturas e também (porque não?) para preservar a intimidade. As nossas sebes não são monocolores. Nem daquelas de podar rentes com corta-sebes.
Hoje mostra-se um dos elementos que compõem uma das sebes.

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