A forma das folhas deste arbusto remete-nos para outras eras geológicas em que a adaptação ao frio era condição necessária para a sobrevivência. No entanto, hoje em dia, os híbridos da grevilea dificilmente se adaptam a temperaturas negativas.
Por aqui na aldeia temos de contar com as geadas. Por isso não arriscaria plantá-la no meu jardim, mesmo em vaso que possa facilmente recolher na estação fria, porque já não tenho espaço coberto disponível.
Felizmente podemos visitá-las mais a sul onde os invernos são temperados. Ou nos Açores e Madeira onde o cultivo das próteas, plantas da mesma família da gravilea, se tornou emblemático.
Que singulares inflorescências. Fixemo-nos numa única flor de entre a massa de flores de cada conjunto. Anote-se a forma de cada uma divergindo do conjunto floral. Observemos os longos estiletes encurvados mais creme na base, tendendo primeiramente para o amarelo claro e depois para o verde-alface, dirigindo os estigmas na direcção das anteras situadas no interior da flor. Recuemos um pouco para contemplar o efeito das inflorescências sobre o fundo verde-escuro da folhagem. Uma viagem no tempo.
Fotos de Fevereiro de 2016.
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