Voando baixo..., mas sempre pavoneando-se.
Sobrevoando displicente ou empuleirado sobre o passado,
que, no entanto, lhe permite hoje o bom sustento, descuidado.
Perdigão perdeu a pena Não há mal que lhe não venha. Perdigão que o pensamento Subiu a um alto lugar, Perde a pena do voar, Ganha a pena do tormento. Não tem no ar nem no vento Asas com que se sustenha: Não há mal que lhe não venha. Quis voar a uma alta torre, Mas achou-se desasado; E, vendo-se depenado, De puro penado morre. Se a queixumes se socorre, Lança no fogo mais lenha: Não há mal que lhe não venha. |
Luís Vaz de Camões
Fotos de ontem (Honi soit qui mal y pense)
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