O fruto do Lupinus Albus (tremoceiro-ordinário) é o famoso tremoço. O tal que por muito que se ingira, nunca sacia. Certo é que o tremoço é muito rico em proteína (32 a 38%). Os que semeei são dos amargos. Para serem libertos dos seus alcaloides tóxicos (funcionando possivelmente como um mecanismo sofisticado de defesa da planta contra os predadores e sistema de armazenamento de energia), é necessário passá-los em sucessivos dias, pela infusão em águas diariamente renovadas.
Beneficiaram de regas e de sacha com adubo, ao contrário do Lupinus Luteus o tremoceiro-amarelo cuja odisseia em ano seco já comentei. Estes estão agora abafados com a concorrência de ervas não semeadas. E dão-se muito mal nessa situação.
A maior parte dos pés do L. Albus já atingiu os quarenta centímetros de altura e apresenta inflorescências brancas. Tudo aponta para o êxito da pequena sementeira experimental. Para o próximo ano hortícola haverá que semear muito mais. Além dos frutos, tem-se em conta o seu papel como adubo verde. A cultura do tremoceiro interage muito bem, em particular, com a abobreira, bróculo, e espinafre.
Nos Estados Unidos o tremoço é também consumido pelos humanos depois de transformado em farinha ou pasta. Em Portugal e Espanha (onde é conhecido pelo curioso nome de altramuz) acompanha a cerveja.
Fotos de 17 de Abril de 2012, no quintal.
Fotos de 17 de Abril de 2012, no quintal.
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