Os muitos aguaceiros destes últimos dias estão a provocar uma explosão de herbáceas e consequentemente uma modificação muito significativa do revestimento dos solos, quer em terrenos cultivados, quer nos muitos campos incultos. Um verdadeiro tesouro (além de uma carga de trabalhos) para o hortelão/jardineiro curioso.
Hoje trago do quintal as imagens das pequenas flores de uma lamiácea (labiada) muito comum embora não tão conhecida como o alecrim, a alfazema, a cidreira, a hortelã, orégão, salva ou rosmaninho para referir aquelas que já vieram ao blogue. È o lâmio que aqui surge em força em Março e permanece até Julho mas não chega a formar grandes manchas. Propaga-se melhor nos ambientes mais quentes onde o seu controlo chega a ser um problema. Como planta espontânea não é aqui no quintal das mais invasivas. Não obstante o seu aspecto frágil resiste bem em solos pobres onde outras não conseguem. Talvez por lançar a raiz mestra a uma invulgar profundidade para uma herbácea.
È uma planta anual, aromática e melífera que atinge os 25 a 30 cm de altura. Os seus caules são tenros, com uma leve penugem. Como o seu nome indica as folhas parecem envolver o caule num "amplexo".
As flores são labiadas, cor de rosa a lilás, com cerca de 1,5 a 2 cm de largo. Carregadas de pólen e nectar, quando em grandes manchas são um banquete para as abelhas imprescindíveis no quintal e jardim a ajudar a polinização. O fruto é uma pequena noz castanha de 2 mm de comprimento. Cada planta dá 40 a 200 sementes que podem permanecer no solo até cinco anos.
Fotos de 7 de Abril de 2012, no quintal.
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