sábado, 25 de maio de 2013

VERONICA ANAGALLIS-AQUATICA (MORRIÃO-DA-ÁGUA, VERÓNICA-BRAVA)


Nestes dias quentes de primavera, deve saber bem ter os pés na orla de um muito pequeno regato. O rio Vouga não passa muito longe, mas duvido que o alcance alguma vez, mesmo nos invernos mais chuvosos. Trata-se de um regato citadino, se assim se pode dizer, no sopé de uma encosta degradada, com vistas para as inevitáveis torres de habitar. Uma situação mista de vida selvagem com pó de urbanidade. Foi o que coube em sorte a esta colónia de verónicas da família das scrophulariaceae.
 

Flores em azul-pálido, com venação violeta, quatro pétalas, dois estames e um estigma, dispostas em cachos ao longo de hastes que saem das axilas das folhas nos  nós do caule principal.


Perante a indiferença do apressado povão que não se ocupa de coisas menores, (corola insignificante, discreta, de 4 a 6 mm de diâmetro!) as verónicas crescem rapidamente e atingiram já 1 m de altura.


Já a folhagem pode dar nas vistas, ás vezes sem vantagem para o humilde vegetal (nem, quiçá, para o patético peri-pateta agressor). Folhas simples, duas por nó, opostas, sésseis, sem pêlos, de forma lanceolada em verde-brilhante.
 
Verónicas de flores vistosas? Também as há e de jardim. Tente-se no comércio pela v. gentianoides, a incana ou a spicata.
 
Fotos de maio de 2013, em Aveiro.

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