Há cerca de um mês o verde, nos seus vários matizes, era predominante entre as herbáceas espontâneas ou cultivadas do quintal. Alastrava a floração amarela das tremocilhas aqui e além pontuada do vermelho das papoilas.
Do ano passado ficou a impressão da beleza das flores da ervilhaca-silvestre. Anotei os amarelos da L. aphaca e destas mostrei algumas fotos em abril.
Este ano estive mais atento ás colorações creme ou só levemente amareladas, imersas na densa vegetação herbácea.
Durante os últimos dias fui-me apercebendo da clara mudança de fase desta vegetação. Já não se vêem as flores da tremocilha que encimavam o manto vegetal. As pétalas foram caindo e surgiram os frutos.
Também as ervilhacas entraram na produção de frutos e sementes agora que a humidade do solo arenoso se esvai e o ar se torna dia a dia mais seco. Descubro, não sem espanto as suas vagens abundantes e cada vez mais entumescidas. Notem-se na imagem as duas asas partindo da linha dorsal.
Excelentes fixadoras de azoto, em breve terei de remover a parte aérea com a demais vegetação, deixando as raízes para enriquecimento do solo.
Confesso que não me recordava já da sua particular forma e se já alguma vez as vira não as associava á planta. Colhi então duas e abria-as em casa para as fotografar. Surpreendeu-me o tamanho da vagem (cerca de 5 cm de comprimento). Dentro, quatro a oito sementes verdes e esféricas ... e que semelhança com as ervilhas que vimos colhendo (mas, atenção: as sementes da ervilhaca são tóxicas!).
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