quarta-feira, 1 de maio de 2013

BRYONIA DIOICA (BRIÓNIA-BRANCA, NABO-DO-DIABO)


Vá-se lá saber porque carga de água (pássaro, vento?) apareceu no jardim esta cucurbitácea selvagem que ao ser dada a trepar pela laranjeira próxima (sim, há laranjeiras no jardim!) desperta a ira dos jardineiros e ... zás, leva com poda rasante ... para ressurgir em cada primavera, mais vigorosa ainda. Tem tido a sorte de caule e raízes estarem envoltos por densa colónia de violetas que os escondem.


Esta briónia surge geralmente em sítios frescos. É uma planta de grande raiz, algo desproporcionada relativamente á finura tenra do caule, vivaz,  que se agarra com gavinhas trepando por toda a espécie de apoio que encontre à volta e chega a atingir os 5 m.  
 
 
A planta é de crescimento rápido. Folha lobada-palmada e venada.

 
As gavinhas da briónia têm uma característica singular que consiste em enrolarem em dois sentidos: a parte basal enrola num sentido e depois produz-se um retorno e o enrolamento muda de sentido.

 
Flores unixessuais, macho ou fêmea estão em plantas separadas (dióicas). (Na bryonia alba as flores masculinas e femininas podem estar na mesma planta). As flores fêmea identificam-se desde logo pelo ovário posicionado inferiormente. Acima do ovário, o gineceu vem soldado a um prolongamento em forma de sino.  Ás cinco estreitas e ponteagudas sépalas seguem-se cinco pétalas que formam a corola de cor esverdeada. Após a floração seguem-se os frutos na forma de bagas.
 
Esta forma de posicionamento dos sexos torna a reprodução mais difícil. Em contrapartida favorece a diversificação do património genético.
 
 
 
A corola é, em ambos os casos, de cinco pétalas venadas, soldadas na base. Cinco estames nas flores macho. 
 
 
Aqui não se vê ovário. Creio tratar-se então de uma planta macho e todas as fotos são da mesma planta.
 
As cucurbitáceas são geralmente plantas usadas na alimentação humana. Quem não gosta de melão, melancia, pepino ou se espanta com o tamanho e cor das abóboras. 
 
Mas, atenção, a briónia é venenosa, podendo ser mortal, sobretudo a ingestão das bagas ou raízes.
 
Com excepção das duas últimas que são de hoje, as demais fotos são de 27 de abril de 2013, no jardim.
 
 

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