Já não é a várzea encharcada de há um mês. A água ainda corre abundante pelas regueiras e em um ou outro sítio permanece estagnada. Mas à superfície não obstante a evidência dos sinais do alagamento anterior, a terra mostra-se já seca e começa a ficar gretada. A vegetação selvagem está em pleno.
A parentucélia ainda que abundante, é uma herbácea de distribuição desigual. Parece preferir os espaços menos concorridos e logo os mais compactados e agrestes, alterados pela abertura de arruamentos só iniciada e não terminada, como os adjacentes a passeios e entre estes e os campos de cultivo.
Tocamos-lhe com as mãos para as observar melhor. Percebemos então porque lhe chamam de peganhenta... que odor desagradável! Há que lavar de imediato, as mãos.
Muito curiosa a disposição da flor: um lábio superior curto e um inferior longo, com três lóbulos e neles duas dobras elevadas que podem ser claramente vistas v.g. na flor mais aberta em cima e á esquerda e que conduzem ao interior do tubo.
Aqui é mais visível o interior do tubo.
Com a persistencia do tempo seco que se avizinha, a parentucélia vai definhar e não sobreviverá aos meados do verão. No entanto, a abundante fertilidade garantir-lhe-á que na primavera seguinte surjam novos exemplares. Invasiva como é, o abandono dos campos e a falta de drenagem, favorecerão a adaptação destas e doutras plantas a solos com um potencial agrícola testado com largo êxito ao longo de muitas gerações.
Fotos de 7 de maio de 2013, na várzea da aldeia.
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