sábado, 11 de maio de 2013

SILENE VULGARIS (BERMIM, ERVA-CUCUBALUS, ERVA-TRAQUEIRA)


Algo dissimulada entre os silvados que agora abundam na fresca várzea, surgem estas herbáceas espontâneas, perenes, da família das cariofiláceas que bem poderiam passar despercebidas não fora a invulgar forma e disposição das suas flores brancas.


As cinco pétalas apresentam-se fundidas no tubo da corola e são profundamente lobadas em dois. Mas não menos curiosa é a forma em balão do cálice, ornado de linhas e nervuras entrecortadas de tom verde-escuro.
 

Nesta perspectiva, é visível a inflorescência em cimeira bípara (dicásio composto), de um eixo principal que termina por uma flor e eixos inferiores laterais terminando com duas flores (uma em cada eixo).   



A folha algo carnuda, é lanceolada, posicionada na haste em oposição (duas folhas por nó) e sem pecíolo (séssil).


Com uma tal concorrência, estas plantas não alcançam mais do que 50 cm de altura. Em espaços menos apertados já as temos visto com cerca de 80 cm. 
 
O fruto quando maduro abre espontâneamente. Mas no tempo da minha infância as crianças pressionavam-no, forçando o rebentamento com ruído a que achavam muita graça.

Tão humilde herbácea tem vindo a ser usada com sucesso, na despoluição de escórias provenientes da actividade mineira. Quem diria?
 
Fotos de 8 de maio de 2013, na várzea da aldeia.

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