As fortes geadas dos últimos dias vem limitando substancialmente a agenda de trabalhos ao ar livre. Felizmente que no interior da casa ainda há um ou outro vaso florido.
Escolhemos para hoje uma planta anual, por vezes vivaz, da família calceolariaceae. O seu nome reporta-se á forma da parte inferior da flor (na terceira foto melhor orientadas) e evoca os sapatinhos, de gosto oriental, nas representações de personagens dos contos das Mil e Uma Noites.
As folhas na forma e na cor, lembram-me as prímulas.
Mas, decididamente, são as muito exóticas flores das calceolárias que fixam a atenção. Organizam-se em inflorescências em dicásio: os pedúnculos de cada flor da inflorescência partem de um mesmo nó e desenvolvem duas gemas de cada vez.
A corola é frequentemente em tons de amarelo, pintalgada com manchas ou pontuações em tons de vermelho ou outras cores contrastantes. Mas há muitas outras combinações, sempre em vistosas cores, como o laranja, cor de tijolo, vermelho ou rosa.
Corola labiada sendo os lábios de dimensões diferentes. O superior, curvado, é bem mais pequeno que o inferior. Este reveste a forma de capucho, é inteiro ou ligeiramente lobado.
Lábio inferior mais dilatado de um lado do que do outro (ventricoso). No inferior há um tecido secretor de óleos (elaióforo), retribuição aos selectos polinizadores, insectos alados que alimentam as suas larvas com um pitéu altamente energético.
Nas segunda e terceira fotos são bem visíveis os estames e parte do pistilo.
As flores, tão chamativas pela cor são, porém, inodoras.
Fotos de 25 de fevereiro de 2013, em casa.
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