sábado, 23 de fevereiro de 2013

PLECTRANTHUS ORNATUS (BOLDO RASTEIRO)



Planta herbácea, vivaz, da família lamiaceae, com 30 a 40 cm de altura, tolerante á seca e em geral muito resistente. É uma boa planta de cobertura de solos ou para marcar o limite de canteiros floridos.
 
As folhas são suculentas, boas portanto para suportar a época estival. Apresentam uma invulgar disposição, como que fatiadas quando vistas a partir de cima.
 
 

Floresce todo o ano em espigas nos tons malva ou azul-púrpura e exala um aroma desagradável, tanto, que supostamente afastará cães e gatos. Daí ser conhecida na língua inglesa também por dog bane ou dog gone. O cálice é tubuloso, bilabiado. Igualmente tubulosa é a forma de parte da corola (em funil) e a outra parte é rasgada formando dois lábios. Um superior que protege os estames e um inferior trilobado que serve de pista de aterragem dos insectos polinizadores. 
Androceu com 4 estames.  Filetes concrescidos em bainha aberta através da qual passa o estilete. São bem visíveis nas fotos.


Esta planta multiplica-se por si. Para início podem usar-se estacas.
 
Tenho uma atracção especial pelas formas das flores labiadas. Em geral as labiadas cheiram muito bem, ricas que são em óleos essenciais. Mas o boldo rasteiro  dirige o seu aroma a outros que não os narizes humanos. Todas as plantas com flores em tubo, são muito selectivas com polinizadores alados.  Estratégias apuradas ao longo de milénios. Quanto a humanos, passam muito bem ignorando-os simplesmente. Que ingratas!
 
Fotos de 21 de fevereiro de 2013, em Coimbra.

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