segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ERICACEAE AZALEA (AZÁLIA)



O meu primeiro contacto com as azáleas foi nas ilhas de baixo, no extremo ocidental do grupo central do arquipélago dos Açores. Aí formam cercas (bardos ou canadas lhes ouvi chamar localmente), ladeando estradas ou separando campos cultivados. Parece-me preferirem a exposição ao sol ou a meia-sombra, locais abrigados e alto teor de humidade relativa do ar. Vi corredores lindíssimos nas orlas das florestas fechadas de criptomérias (cryptomeria japonica) ou resguardadas pelos altos incensos (pittosporum undulatum), sobretudo no microclima da zona da praia e termas do Varadouro, Faial, para onde caem em cascata, sete ribeiras que descem de altas arribas.
 
 
Ultrapassam de longe a beleza das hortênsias azuis, azuis e brancas ou em rosa, muito mais   abundantes do que as azáleas. Também as preferia às camélias sempre presentes nos jardins. As azáleas são, muito mais delicadas nas suas pétalas sedosas e também mais frágeis do que as hortênsias. Não são visíveis a longas distâncias vestindo as encostas húmidas como as hortênsias, nem  alcançam o explendor dos tons vivos das camélias (seguido de uma tão rápida senescência!) mas discreta e persistentemente vão apurando a sua beleza requintada.
 
 
As azáleas da foto não alcançam a beleza das açorianas mas ainda assim quem lhes fica indiferente?  
 
Tantas são as formas, tamanhos, cores da planta e das flores que prometemos em breve voltar a este tema.
 
Fotos de 22 de fevereiro de 2013, jardim privado, em Coimbra.



 

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