Enquanto não tivermos temperaturas mínimas em torno dos -2º C, poderemos contar com as flores (e folhagem) da lantana. Consolação menor. Normalmente, em meados de janeiro esses valores já teriam acontecido mais do que uma vez e a planta, despida de folhas e flores teria entrado em dormência que, afinal, lhe é necessária ... até para manter um bom estatuto de convivência com jardineiros e agricultores.
Sucede que em muitos países de clima tropical ou subtropical, a lantana é um problema muito complicado com que os agricultores se defrontam por se ter tornado aí numa planta de difícil controlo, invasiva e, para mais, muito perigosa para os animais que a ingiram por causa da sua alta toxicidade.
Na nossa latitude não tem sido tanto assim e não se espera que venha a abusar da nossa paciência. Em todo o caso, embora a menor velocidade do que o habitual, o processo de degenerescência da flor e da folha está em inexorável curso. Ele alcança primeiro o pedúnculo da flor ou o pecíolo das folhas. Consequentemente, passarão quantidades menores de alimento que progressivamente comprometerão o desempenho das suas funções e sobrevirá a morte desses órgãos. Sintomáticos, para já, são a visível e progressiva descoloração e perda de vigor das folhas.
Na primeira foto tirada de cima para baixo, a inflorescência da lantana oculta a alta haste que suporta o seu todo e os curtos pedicelos de cada flor de comprimento igual que parecem elevar-se a partir de um mesmo plano do eixo principal (umbelas).
Passaram as cores vivas do verão (vermelho ou amarelo) e subsistem cores desmaiadas em rosa, amarelo e branco). Ainda assim é uma bela flor (melhor, inflorescência, contendo entre 20 a 40 flores singulares por cabeça) de forma tubular, com os bordos arredondados dos quatro lóbulos reclinados para fora.
Na foto de baixo uma infrutescência de lantana que passou a fase do verde vivo a caminho do preto que sinalizará a maturação plena.
As fotos são de 12 de janeiro de 2013, no jardim.
Sem comentários:
Enviar um comentário