Um pequeno tufo de humildes cufeias, revigoradas pelas últimas chuvas, vive em esplendor estes dias de outono antes que as geadas as reduzam a uns tristes e desolados raminhos secos.
Mas, abaixo da superfície do solo, persistirá então a vida em longo letargo, adaptada, até que a toque a promessa de luz e amenidade da primavera. Despertará e novos rebentos irão por certo aparecer por entre os velhos raminhos secos do ano anterior.
Aí daremos uma ajuda cortando-os á tesoura para que não firam e não estorvem os rebentos juvenis.
Por agora, a cufeia parece iluminada. Aquele verde claro das folhas com as margens levemente retocadas a vermelho-acastanhado e que se inserem em caules deste mesmo tom, resplandece. As pequenas flores em forma campanulada, com o tubo da base raiado de vermelho, parecem absorver quanta luz podem, enquanto as folhas a espelham com magnanimidade.
Uma pequena jóia, singularmente lapidada.
Fotos de ontem, no jardim.
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