Respiramos o ar da manhã, rarefeito, puro. Face à luz vibrante e cristalina, os olhos entreabrem-se a custo. Os nossos ouvidos voltam-se para o silêncio.
O vento brando sopra intermitente e, na fase de menor intensidade, deixa emergir os sons das torrentes e do quebrar do gelo.
A montanha, afinal, espelha as nossas almas. À alma utilitária, mercantil, parecerá coisa: está ali para nos servir. Na verdade, não estamos propriamente em casa. Alturas há em que podemos sentir o convite da montanha. Em todo o caso, devemos-lhe sempre respeito. Nem todos são tempos de visita. E há que saber regressar oportunamente.